Sistema de irrigação por gotejamento subterrâneo, variedade precoce de soja convencional e plataforma de agricultura de precisão estão entre os destaques da feira
Novas cultivares, técnicas eficientes de irrigação e agricultura de precisão – essas são algumas das atrações da 4ª edição da Farm Show, realizada em Primavera do Leste, Mato Grosso. A feira é a principal vitrine tecnológica do sul do estado.
A Agronorte lançou na feira uma variedade de soja de ciclo precoce que vai estar disponível para uso comercial já na próxima safra. O engenheiro agrônomo da empresa, Carlos Crozzatti, afirma que a cultivar é apropriada para solos de média e alta fertilidade, e, bem manejada, responde com produtividade na casa de 70 sacas por hectare.
“Por ser uma soja convencional, livre de transgenia, tem valor agregado porque existe um nicho de comércio no mercado europeu, onde algumas empresas pagam um bônus por este tipo de produto”, afirma Crozzatti.
No estande da Agro Amazônia, o destaque é uma plataforma de agricultura de precisão que realiza o mapeamento da área plantada e faz indicações de insumos para aumentar a rentabilidade do produtor. O diretor comercial da empresa, Marcelo Cassiolato, afirma que o sistema inclui informações nutricionais, recomendações de plantio e sementes ideais para cada tipo de solo. “A agricultura de precisão veio mostrar onde estão os problemas com nematoides, com a questão de fertilidade, colocar a quantidade de fertilizantes correta em cada parte da propriedade para aumentar o teto produtivo”, diz.
Soluções inteligentes para a falta de chuva na lavoura também são destaque na feira. É o caso do sistema de irrigação por gotejamento subterrâneo apresentado pela Netafim, que promete maior eficiência e produtividade.
“Você aumenta a produtividade da água então “Com volume pequeno de água, eu consigo irrigar maiores áreas. Além disso, possibilita fazer a nutrirrigação que é aplicação de fertilizantes via sistema indo para a ‘boca da planta’, que são as raízes, e a aplicação de defensivo agrícolas via sistema de irrigação”, afirma o engenheiro agrônomo da Netafim, Cristiano Jannuzzi.
Ele afirma que o sistema tem permitido que algumas áreas de soja ultrapassem 100 sacas por hectare e, no caso do milho, mais de 300 sacas por área. “O algodão também vai poder extrair muito valor desse sistema, porque, no momento em que estiver com as plumas já a campo, a irrigação por gotejamento subterrâneo não faz o molhamento foliar; a água e os fertilizantes vão direto na raiz, e isso aumenta muito a qualidade da fibra”, diz Januzzi.
Fonte: Canal Rural