Neste sábado, cavaleiros e cavalos vindos de várias partes do país se juntam em Caxambu (MG) para bater o recorde mundial e entrar para o Guinness Book 

Quase 2.000 cavalos estão reunidos no Parque de Exposições de Caxambu, sul de Minas Gerais. Neste sábado, dia 7, eles participam de uma cavalgada que deverá marcar a história da raça mangalarga marchador no mundo. A iniciativa é do criador do Haras Maripá, Marcelo Baptisma, com o apoio da ABCCMM (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador). O objetivo é  registrar a maior cavalgada de uma única raça no mundo. E entrar para o Guinness Book, o livro dos recordes.

Participam apenas animais registrados pela associação, que no total hoje conta com 600 mil animais cadastrados no Stud Book. Além da exigência da marca, os animais devem cumprir uma série de requisitos.

O primeiro é em relação ao número de participantes, que deve somar no mínimo 1.600 cavalos. “Nós já ultrapassamos esse número, e mais cavalos estão chegando. É muito bacana ver todo esse envolvimento. O título será uma vitória para toda a raça, que terá visibilidade internacional”, disse Marcelo.

Com a iniciativa, foi possível reunir marchadores vindos de diversas regiões do país. Ao todo são 60 núcleos da raça. Minas Gerais, o berço da raça e onde acontece a cavalgada, foi o estado que reuniu a maioria deles. Até o momento foi registrado a chegada de 1.251 animais. A segunda maior tropa veio do Rio de Janeiro (255) e a terceira São Paulo com 152.

Assim que chegavam ao parque, no ponto de partida, os animais passaram por uma triagem e fiscalização. “Temos que garantir a saúde de cada um. Verificar se estão aptos para a atividade. Para manter uma boa cavalgada, o animal deve estar forte e com sua sanidade em dia”, explica o médico veterinário responsável pelo evento, Giancarlo Coutinho.

A fiscalização também conta com uma presença importante, a representante do Guinness Book no Brasil, a adjudicadora Raquel Assis. Ela representa toda a América Latina e é ela quem dará a voz oficial ao final do trajeto. “Eu faço a contagem de cada animal, assim que ele chega com o GTA revisado, o diagnóstico do médico veterinário e o registro confirmado.”

E as regras continuam no sábado. Durante a cavalgada, os animais têm que percorrer pelo menos três quilômetros e ter uma distância de pelo menos dois animais entre eles, para que a cavalgada tenha uma harmonia.

Mas, mesmo caso conquistem a posição, Raquel informa que entrar no livro publicado é outra história. “Caso eles concluam com um final positivo, automaticamente esse recorde entra para a base de dados, mas ir para o livro publicado é uma surpresa. Existem hoje mais de 40 mil recordes batidos”, diz Raquel.

Fonte: Canal Rural