Confira as principais notícias sobre mercado agropecuário, câmbio e previsão do tempo para começar o dia bem informado
O mercado brasileiro de soja fechou a última semana com preços em alta e de negócios em ritmo mais moderada na comparação com os últimos dois dia. Chicago teve um dia volátil, caindo forte na maior parte da sessão e recuperando-se a partir do meio-pregão. Já o dólar teve forte alta.
Houve negócios no Rio Grande do Sul e no Paraná, envolvendo 100 mil toneladas em cada um dos estados. Em Minas e Goiás, houve negócios envolvendo 20 mil toneladas. Nas demais regiões, muita cautela, com os agentes aguardando um cenário mais claro e atentos a dois pontos: a tensão comercial entre China e Estados Unidos e a situação do ex-presidente Lula.
Comercialização
A comercialização da safra 2017/18 de soja do Brasil envolve 51,9% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 6 de abril. No relatório anterior, com dados de 5 de março, o número era de 43,5%.
Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 45,8% e a média para o período é de 55,2%. Levando-se em conta uma safra estimada em 117,273 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 60,81 milhões de toneladas
Colheita
A colheita de soja atinge 78,7% da área estimada, conforme levantamento de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 6 de abril. Na semana passada, o número era de 71,8%. Os trabalhos estão atrasados em relação a igual período do ano passado (82,1%), e abaixo da média para o período, de 80,7%.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago fecharam a sexta-feira com preços mistos. As primeiras posições subiram e as demais fecharam no território negativo, após o mercado ter iniciado o dia com fortes perdas.
O mercado iniciou pressionado pela crescente tensão comercial entre China e Estados Unidos. O presidente Donald Trump anunciou ontem que irá autorizar tarifas sobre US$ 100 bilhões de produtos chineses. O governo chinês, em contrapartida, disse que irá retaliar.
Ao longo do dia, no entanto, o mercado foi reduzindo as perdas e reverteu de tendência no meio do pregão. Vendas de 588,6 mil toneladas por parte dos exportadores privados americanos ajudaram a determinar a recuperação. Na semana, maio acumulou desvalorização de 1,06%, refletindo as preocupações com a sobretaxa de 25% imposta pela China à soja dos Estados Unidos.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo subiu US$ 2,70 por tonelada (0,7%), sendo negociada a US$ 386,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 31,53 centavos de dólar, perda de 0,25 centavo ou 0,78%.
Milho
O mercado brasileiro de milho teve uma sexta-feira de calmaria e poucos negócios. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, não há excesso de oferta de modo geral e os preços estão mais firmes em São Paulo.
Boi
A semana se encerra com lenta movimentação no mercado do boi gordo. De um lado, a oferta de animais terminados é controlada e a boa condição das pastagens permite que os pecuaristas entreguem os animais conforme necessidade.
Além disso, em alguns estados como Pará e Mato Grosso, o maior volume de chuvas dos últimos dias dificulta o embarque dos animais.
De outro, a demanda continua aquém do esperado e controla ofertas de compra acima da referência.
No mercado atacadista de carne bovina sem osso, das quatorze semanas do ano, a cotação caiu em doze delas. Na média de todos os cortes pesquisados, os preços caíram, em média, 8,4% no período.
Já o boi casado de animais castrados, está cotado em R$ 9,47 o quilo, queda de 5,1% desde o início do ano.
Como o cenário não é favorável, alguns frigoríficos preferem, inclusive, não comprar do que pagar os preços atuais pelo animal. Frigoríficos maiores, que normalmente possuem exportação, ainda conseguem trabalhar com uma boa margem de remuneração no mercado externo e ficar sem prejuízos maiores
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial fechou a negociação com alta de 0,77%, cotado a R$ 3,366 para compra e a R$ 3,368 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,347 e a máxima de R$ 3,381.
84820,42
O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,46%, aos 84.820,42 pontos. O volume negociado foi de R$ 9,704 bilhões.
Previsão do tempo
Sul
O litoral norte de Santa Catarina e o litoral do Paraná, ainda sob a influência de ventos úmidos que sopram do oceano em direção a costa, recebem pancadas de chuva isolada. No extremo sul Gaúcho, novamente entre Chuí e Jaguarão, os ventos em altitude mantém a condição para chuvas isoladas. Mas na maior parte do Sul, o tempo continua firme. A temperatura segue mais elevada a oeste da Região Sul.
Sudeste
Áreas de instabilidade provocam chuva forte em áreas da divisa com Goiás na segunda-feira e há inclusive risco para queda de granizo. Além disso, a presença do sistema frontal favorece as instabilidades entre o Espírito Santo e Minas Gerais. Já boa parte de São Paulo e centro-sul mineiro, seguem com tempo seco. A temperatura ficará mais elevada em áreas da divisa com o Centro-Oeste.
Centro-Oeste
As instabilidades continuam fortes entre o norte de Goiás e Mato Grosso e, nas demais áreas e inclusive ao norte do Mato Grosso do Sul, pode chover de forma isolada. O calor não dá trégua na maior parte do Centro-Oeste. Apenas na região de Brasília o tempo mais fechado mantém a temperatura bastante amena.
Nordeste
No decorrer da segunda-feira, as instabilidades continuam sobre a região Nordeste. No litoral sul baiano, ainda há condições para pancadas de chuva forte. Já o interior baiano, segue com sol entre poucas nuvens. O calor predomina na Região.
Norte
Pouca coisa muda no tempo previsto para o Norte. Há novamente possibilidade para chuva em toda região, com destaque para as chuvas mais intensas previstas para o sul e leste do Pará. O calor predomina e as máximas seguem elevadas principalmente a oeste do Amazonas.
Fonte: Canal Rural