Confira as principais notícias sobre mercado agropecuário, câmbio e previsão do tempo para começar o dia bem informado
O mercado brasileiro de soja teve um dia de preços firmes e de bom volume de negócios. Apesar de Chicago ter caído, o dólar subiu bem e os prêmios de exportação atingem níveis históricos, movimentando o mercado brasileiro.
Em Campinas (SP), a disputa entre comprador e vendedor se intensifica enquanto o volume de negócios segue praticamente nulo. Nos últimos dias, o avanço dos prêmios de exportação e da taxa de câmbio, acima dos R$ 3,30, destravou as negociações de soja.
De acordo com a XP Investimentos, negócios em Santos (SP) já são fechados com frequência acima dos R$ 80 por saca, níveis não observados desde 2016.
Animados, produtores e intermediários mudam novamente o foco dos negócios para a oleaginosa, mas deixando a comercialização de lado. Isso porque postura retraída vem sendo a melhor estratégia adotada por estes para sustentar preço. Além disso, o atraso na comercialização, ao menos no curto prazo, não preocupa.
Houve registro de negócios envolvendo 50 mil toneladas no Rio Grande do Sul e 30 mil no Paraná. Na Bahia, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, o volume ficou em torno de 20 mil toneladas em cada um dos estados.
Boi
Seguindo o ritmo das últimas semanas, o mercado do boi gordo continuou parado nesta terça-feira e sem indícios de recuperação. De acordo com a Scot Consultoria, este cenário é resultante de um lento escoamento da produção associada a um aumento de abate de bovinos no primeiro bimestre de 2018, que resultou em maior disponibilidade de carne bovina no mercado frente a demanda existente.
Com isso, a indústria não vê necessidade de sair as compras com mais afinco. Vale lembrar que o feriado desta semana deve trazer uma redução na demanda por carne bovina, o que pode pressionar a cotação da arroba do boi gordo.
Desde o início do mês, na média de todas as praças pecuárias pesquisadas, a arroba do boi gordo apresentou queda de 0,7%.
Para o curto prazo fica a expectativa de como a demanda irá se comportar no início do próximo mês, já que este tem sido o fator determinante do rumo do mercado.
Milho
O mercado brasileiro de milho manteve preços de estáveis a mais baixos nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado segue acomodado nestes primeiros dias da semana, mais curta com o feriado da Sexta-feira Santa. No Sudeste, o mercado dá sinais de alguma queda devido à colheita tardia, aponta o consultor.
Café
O mercado brasileiro de café teve uma terça-feira de preços de estáveis a mais altos. Os ganhos do arábica na Bolsa de Nova York e do robusta em Londres e a valorização do dólar estimularam avanços nas bases no dia.
Entretanto, o mercado segue na expectativa da safra que começa a aparecer nos próximos meses. Enquanto isso, o produtor vai dosando a oferta e quando as bolsas avançam e o dólar sobe o vendedor eleva as bases. Mas, o comprador acaba se retraindo e travando as negociações, que ficam apenas pontuais e sem volumes expressivos.
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial fechou a negociação em alta de 0,81%, cotado a R$ 3,330 para compra e a R$ 3,332 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,311 e a máxima de R$ 3,337, atingindo a maior cotação do ano.
O Ibovespa encerrou em queda de 1,5%, aos 83.808,06 pontos. O volume negociado foi de R$ 9,532 bilhões.
Previsão do tempo
Sul
A previsão do tempo indica que ainda há pancadas de chuva na maior parte da região Sul. O tempo instável é alimentado por uma área de baixa pressão atmosférica e os maiores volumes se concentram no noroeste gaúcho e no oeste catarinense e paranaense.
Até o fim da noite, a chuva ganha intensidade também em Curitiba (PR) e não se descarta o risco para temporais. O tempo fica firme apenas no sul do Rio Grande do Sul.
Sudeste
O tempo firme continua em parte de Minas Gerais e do interior do Rio de Janeiro. Nas demais áreas, há condição para tempo instável e chuvas a qualquer momento.
A atenção fica principalmente para o sul de São Paulo e para a região metropolitana, onde o acumulado elevado associado à chuva persistente pode provocar deslizamentos de terra.
Centro-Oeste
Na quarta-feira, chove nos três estados do Centro-Oeste. Os maiores volumes de chuva e também temporais, se concentram no sul de Mato Grosso e também no extremo oeste de Mato Grosso do Sul até o fim do dia.
Nordeste
Chove bastante ao longo do dia na metade norte do Nordeste, que vai desde o Maranhão até Pernambuco. Isso acontece devido ao Vórtice Ciclônico de Altos Níveis. O tempo fica firme apenas no sudoeste da Bahia.
Norte
Pancadas de chuva seguem em toda a região Norte, inclusive com risco para temporais em todas as capitais da região, com exceção de Palmas (TO).
Fonte: Canal Rural