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Boi: consumo não reage mesmo com pagamento de salários e leve melhora econômica
Notícia
Publicado em 08/03/2018

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

O mercado físico de boi gordo teve uma quarta-feira, dia 7, de preços entre estáveis a mais baixos na maioria das praças de comercialização. A oferta de animais não está abundante, mas a demanda também não.

Em São Paulo as programações de abate atendem entre três e quatro dias na maioria dos casos. Quando as ofertas de compra aumentam, é possível manter as escalas, o que evidencia que há uma parcela de retenção, normal para o período. Por outro lado, é perceptível uma oferta crescente de fêmeas em algumas regiões, como Mato Grosso do Sul.

O clima mais seco em algumas regiões do país começa a gerar preocupações nos pecuaristas. Parte destes vem segurando animais no pasto nos últimos meses, na tentativa de reequilibrar preços, e agora voltam a se preocupar com uma possível desova futura. 

O início de mês não trouxe ofertas de compra maiores pelos frigoríficos, o que ilustra uma demanda modesta, mesmo com o contexto de melhoria econômica. De toda forma, estamos em período de melhoria nas vendas. Em geral, os salários estão caindo nas contas (quinto dia útil), então é possível que o escoamento reaja no curto prazo.

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a quarta-feira com alta de 1,02%, a R$ 3,244, com a volta do temor de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China. Gary Cohn, principal assessor econômico da Casa Branca, deixou o cargo em meio a supostas divergências com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a respeito da imposição de tarifas à importação de aço e alumínio.

"Por ora, o mercado aguarda o nome substituto de Cohn para avaliar se a política comercial protecionista dos Estados Unidos pode ser aprofundada nos próximos meses", comentou o economista da Guide Investimentos, Rafael Passos. 

A taxação das importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos foi prometida por Trump na semana passada e desde então parceiros comerciais dos norte-americanos, como União Europeia (UE), China e Canadá, demonstraram preocupação com a medida e prometeram retaliação caso as novas tarifas sejam sancionadas.

A aversão ao risco tomou conta com o receio dos investidores em relação às restrições comerciais que as medidas protecionistas de Trump podem desencadear. Dados que mostraram criação de emprego acima da esperada pelo setor privado dos Estados Unidos em fevereiro também ajudaram a valorizar o dólar.

"O dado deu amparo à valorização do dólar", disse o diretor da Correparti, Ricardo Gomes. Passos, da Guide, acrescenta que "ao que tudo indica, os Estados Unidos já estão atingindo o 'pleno emprego', algo que deve puxar a inflação americana para cima", e que fica no radar dos investidores, já que pode dar pistas de como será o futuro da política monetária adotada pelo Federal Reserve(FED), o banco central norte-americano. 

O Ibovespa encerrou em baixa de 0,2%, aos 85.483 pontos. O volume negociado foi de R$ 10,738 bilhões.

Soja

O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios relevantes, já que os fatores de formação dos preços foram conflitantes. Enquanto o dólar subiu 1% frente ao real, a soja recuou forte em Chicago, o que acarretou em preços praticamente estáveis nas principais praças de comercialização do país.

Milho

O mercado brasileiro de milho voltou a se deparar com fluxo inexpressivo de negócios no disponível. Entretanto, as negociações envolvendo a segunda safra já apresentam maior fluidez, com volumes mais expressivos negociados. 

Diversos consumidores ainda se deparam com estoques encurtados, enquanto cooperativas e cerealistas permanecem focados na colheita e no escoamento da soja.

Previsão do tempo

Sul

Com a formação de uma área de alta pressão atmosférica no Uruguai, a massa de ar seco segue ganhando força sobre a região Sul. A quinta-feira deve ser um dia com tempo firme desde o Rio Grande do Sul até o oeste do Paraná. A chuva fica espalhada somente no nordeste de Santa Catarina, leste e norte paranaense e pontos isolados do litoral gaúcho. Além disso, a massa de ar seco e frio mantém as temperaturas mais baixas em áreas da serra e campanha gaúcha.

Sudeste

Com a passagem de uma frente fria pela costa do Sudeste e também sob a influência da Alta da Bolívia, as nuvens seguem bastante carregadas e causam pancadas de chuva a qualquer hora do dia na região. Os maiores acumulados se concentram no leste e norte mineiro e também no Espírito Santo, onde não se descarta o risco para temporais, inclusive com risco para queda de granizo em solo mineiro.

Centro-Oeste

Com a formação de uma área de alta pressão no alto da atmosfera e também sob a influência da Alta Bolívia que está mais deslocada ao leste de Goiás, as nuvens seguem carregadas em toda a região central do país, com pancadas de chuva a qualquer hora do dia. No entanto, os temporais e risco para queda de granizo se concentram no norte de Goiás, e assim são esperados volumes de chuva mais expressivos.

Nordeste

Com a aproximação de uma frente fria pelos sul da Bahia, e também com a formação de uma área de alta pressão atmosférica no alto da atmosfera, as nuvens seguem carregadas sobre o Nordeste, especialmente no sul e oeste da baiano, onde a chuva ocorre de forma mais volumosa e com risco para temporais. Nas demais áreas, a chuva ocorre em forma de pancadas rápidas e isoladas.

Norte

No Norte do país, as instabilidades tropicais seguem mantendo as nuvens carregadas sobre boa parte da região, onde as pancadas de chuva ocorrem a qualquer hora do dia e com acumulados bastante expressivos no sudeste do Amazonas e também no sul do Tocantins, onde há risco para temporais. A exceção fica por conta de Roraima, onde o tempo seco ainda predomina.

Fonte: Canal Rural

 

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