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Boi gordo: março começa com expectativa de alta no preço da arroba
Notícia
Publicado em 01/03/2018

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O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com impasse entre frigoríficos e pecuaristas nesta quarta-feira, dia 28. As indústrias ainda operam com escalas de abate encurtadas, posicionadas entre dois e três dias úteis na grande maioria dos casos. O lento escoamento da carne desmotiva a uma atuação mais efetiva no mercado.

No entanto, essa dinâmica pode mudar durante a primeira quinzena de março, considerando o repique de consumo após o recebimento dos salários. Por outro lado, a boa condição das pastagens ainda favorece a retenção dos animais.

O mercado atacadista voltou a apresentar acomodação dos preços no decorrer da quarta-feira. O quadro geral apresenta poucas mudanças, a reposição entre atacado e varejo deve melhorar durante a virada de mês, enquanto que a fragilidade das proteínas concorrentes segue como grande limitador de altas mais agressivas.

Soja

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) se valorizaram nesta quarta-feira e já passam de US$ 10,50. No vencimento de maio, o grão está cotado a US$ 10,55 por bushel, valorização de 0,57% frente ao fechamento anterior. Já em julho, as cotações subiram 0,54%, chegando a US$ 10,64 por bushel.

Entre os motivos das altas registradas está a preocupação em torno do tamanho da safra argentina, já que há previsão de falta de chuvas e as lavouras se encontram em uma fase crítica para a definição do potencial produtivo e necessitam de umidade. 

Essas perspectivas fizeram o mercado reduzir a estimativa da produção de 57 milhões para 47 milhões de toneladas. Com o clima seco, a situação poderá se agravar e cortes mais consistentes não são descartados. 

Completando o cenário positivo, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda de 250 mil toneladas de soja em grão para destinos não revelados. 

Mercado físico 

Os preços da soja subiram nas principais praças brasileiras, acompanhando mais um dia de valorização nos contratos futuros de Chicago. Diante da melhora nos referenciais, a comercialização ganhou ritmo. 

Houve reporte de negócios envolvendo cerca de 150 mil toneladas na região do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba), sendo 70 mil toneladas só na Bahia. Outras 60 mil toneladas trocaram de mãos em Mato Grosso. Em São Paulo e em Mato Grosso do Sul, houve negócios em torno de 10 mil toneladas em cada estado.

Milho

Chicago

As cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) também registraram alta nesta quarta, com o mercado sendo sustentado novamente pelo clima seco na Argentina, que compromete o desenvolvimento das lavouras de milho do país. Os fortes ganhos do trigo também contribuíram para a valorização. 

Em fevereiro, a posição maio para o mercado futuro de milho acumulou alta de 3,38%.

Mercado físico

A oferta de milho segue bastante limitada, enquanto diversos consumidores encontram severas dificuldades na composição de seus estoques. 

O foco permanece na colheita e no escoamento da soja, deixando a comercialização de milho em segundo plano. Assim, os preços do cereal seguem muito firmes no Brasil.

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação em queda de 0,18%, cotado a R$ 3,242 para compra e a R$ 3,244 para venda. 

O Ibovespa encerrou em queda de 1,82%, aos 85.353 pontos. O volume negociado foi de R$ 17,953 bilhões.

Previsão do tempo

Sul

O primeiro dia do mês de março começa com tempo instável na maior parte da região Sul do país devido a formação de uma área de baixa pressão atmosférica localizada na costa de Santa Catarina. 

Os maiores volumes de chuva ocorrem a partir da tarde no oeste do Paraná, e até o fim da noite, chove de forma volumosa e com risco para temporais com queda de granizo no leste do estado. 

Apenas na faixa oeste do Rio Grande do Sul é que o tempo firme ainda predomina sob a influência de uma massa de ar mais seco.

Sudeste

Durante esta quinta-feira, várias áreas de baixa pressão atmosférica se formam sobre o Sudeste e mantém o tempo instável na maior parte da região. Os maiores volumes de chuva se concentram no sul de São Paulo, Vale do Paraíba e também entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro. 

Essa chuva intensa vem acompanhada por ventos fortes e não se descarta o risco para temporais com queda de granizo principalmente no estado paulista. Por outro lado, uma massa de ar seco mantém o tempo firme na faixa norte entre o Espírito Santo e Minas Gerais.

Centro-Oeste

Com a formação de duas áreas de instabilidade, uma sobre o Paraguai e outro no leste de Mato Grosso do Sul, o tempo segue instável em toda a Região Centro-Oeste nesse primeiro dia de março. Os maiores volumes de chuva se concentram no oeste de Mato Grosso e em boa parte de Mato Grosso do Sul, onde não se descarta o risco para temporais.

Nordeste

Uma massa de ar seco inibe a formação de nuvens carregadas em boa parte da Bahia nesta quinta-feira. Nas demais áreas da região, as pancadas de chuva ocorrem a qualquer hora do dia e de forma bastante expressiva entre o Maranhão e o Rio Grande do Norte, onde não se descarta o risco para temporais e potencial para transtornos como alagamentos.

Norte

O Norte do país ainda tem previsão de pancadas de chuva a qualquer hora do dia que podem ser bastante volumosas, principalmente no noroeste do Amazonas até o fim da noite. Esse tempo instável e chuvoso ocorre devido as instabilidades tropicais comuns nessa época do ano.

Fonte: Canal Rural

 

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