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Publicado em 26/02/2018

Boi: preço da arroba sobe na semana com maior retenção de animais

O mercado físico do boi gordo encerrou a semana com alguns frigoríficos brasileiros se ausentando da compra de gado, avaliando as melhores estratégias a serem adotadas no curto prazo.

Na semana, os preços foram marcados por altas, em meio ao impasse entre indústrias e pecuaristas nas negociações. Os criadores seguem adotando a estratégia de reter os animais nas pastagens, diante dos bons volumes de chuvas registrados nas regiões Centro e Norte do Brasil, o que faz  com que os frigoríficos tenham que elevar o preço pago pelo boi.

Já as empresas, de modo a evitar maiores perdas, seguem trabalhando com escalas curtas de abate, de modo a avaliar o comportamento da demanda ao longo da segunda quinzena, que tende a ser mais reduzida. A tendência é de que este cenário seja mantido no curto prazo.

O mercado atacadista seguiu pressionado no decorrer da sexta-feira, dia 23. A queda dos preços das proteínas concorrentes acabou pesando sobre a reposição no atacado, considerando a predileção do consumidor médio por proteínas mais acessíveis. Este acaba sendo o principal limitador de altas mais agressivas no mercado físico.

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou em queda ante o real pelo segundo dia seguido - com perda de 0,21%, a R$ 3,242 na venda. A moeda refletiu a entrada de dólares no país, o sinal externo e o bom momento da economia doméstica, o que ofuscou o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch.

De acordo com o consultor de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro 

Faganelo, o que está prevalecendo é a entrada de investimentos estrangeiros no Brasil, incluindo para o Ibovespa. 

Além disso, o IPCA-15 (ndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) veio um pouquinho abaixo do esperado, o que abre espaço para a taxa básica de jutos, a Selic, cair mais e isso pode ajudar mais a economia.

Logo após a notícia do rebaixamento do Brasil, o dólar chegou a reduzir a queda e ensaiar uma alta, mas em seguida voltou a recuar. Após a agência S&P já ter feito o mesmo, a Fitch rebaixou a nota de crédito do Brasil citando a incapacidade do governo em adotar medidas para reduzir o endividamento do país. A redução da nota vem após o governo desistir de levar a reforma da Previdência à votação. A expectativa, agora, é que a Moody's também altere o rating do Brasil.

Na avaliação de analistas, a alteração já era esperada e a perspectiva estável também atenuou o movimento, além de a recuperação da economia estar mantendo investidores animados. 

O Ibovespa encerrou em alta de 0,7%, aos 87.293 pontos. O volume negociado foi de R$ 12,813 bilhões.

Soja

O mercado brasileiro de soja registrou movimentação mista nesta sexta-feira. Nos estados que ainda contam com algum volume em estoque, os negócios rodaram em níveis razoáveis, porém bem inferiores aos do inicio da semana. 

Já nas regiões que se encontram em colheita mais avançada, os produtores saíram do mercado e focaram na semeadura da safra nova para aproveitar o clima favorável. 

O foco dos negócios que ocorreram durante a semana foi a safra nova, onde os produtores aproveitam os bom preços para já fixar vendas de parcelas de sua safra.

Previsão do tempo

Sul

Nesta segunda-feira, 26, áreas de instabilidade e também um sistema de baixa pressão atmosférica sobre o oceano ajudam na formação de nuvens carregadas desde a metade norte gaúcha até o Paraná. As pancadas ainda ocorrem de maneira isolada e com baixos acumulados. 

Por outro lado, o tempo fica firme entre o sudeste paranaense e o extremo norte de Santa Catarina e também na metade sul do Rio Grande do Sul.

Sudeste

Na madrugada entre o domingo e a segunda-feira, um sistema de baixa pressão atmosférica na costa do Rio de Janeiro com o Espírito Santo favorece a formação de nuvens de chuva em parte do Sudeste. A chuva com maior intensidade e risco para tempestades ocorre no oeste de Minas Gerais. Ao longo do dia, as pancadas voltam a se espalhar por todo o estado de São Paulo e com acumulados expressivos na faixa central, inclusive sobre a região de Campinas. A tarde as temperaturas seguem bastante elevadas na região.

Centro-Oeste

A chuva ganha força entre o leste de Mato Grosso e o oeste de Goiás, com acumulados bastante expressivos e risco para temporais acompanhados por trovoadas e ventos fortes. Durante a tarde, a chuva ganha força também em Mato Grosso do Sul, nas áreas entre Campo Grande e Corumbá. Nas demais áreas, a chuva ocorre em forma de pancadas e com acumulados menos expressivos.

Nordeste

Uma massa de ar seco se forma nas áreas centrais do estado da Bahia e também entre Pernambuco e Rio Grande do Norte. Nas demais áreas, as nuvens carregadas seguem atuando e chove forte entre o Maranhão e o Piauí entre a manhã até o fim da noite. Os temporais ocorrem no Ceará, devido a Zona de Convergência Intertropical.

Norte

As pancadas de chuva retornam para Roraima após dias de tempo seco, só que ainda de forma isolada e com baixos acumulados. Nas demais áreas da região Norte, a chuva segue persistente, com bons volumes, mas as condições para temporais são maiores sobre o nordeste do Pará e o oeste do Acre.

Fonte: Canal Rural

 

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