Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado
O mercado físico do boi gordo teve preços entre estáveis a mais altos nesta quinta-feira, dia 22. O impasse formado entre frigoríficos e pecuaristas segue ditando o ritmo das negociações, tornando-as morosas.
As escalas de abate permanecem encurtadas, posicionadas em média entre dois e três dias úteis. Enquanto isso, o ótimo volume de chuvas no Centro-Norte do país mantém as pastagens em ótimas condições, permitindo a retenção como estratégia recorrente dos criadores.
No atacado, as vendas de carne tiveram fraco desempenho desde a volta do Carnaval. As expectativas dos atacadistas acabaram frustradas, visto que o fluxo para reposição do varejo é lento. De acordo com a XP Investimentos, boa parte das redes varejistas está com bons estoques de carne desossada e o período de final de mês não inspira boas vendas. O interesse que os estoques cresçam ainda mais é pequeno e, desta maneira, a pressão cresce.
O preço do boi casado de bovinos castrados, por exemplo, está cotado em R$ 9,08 o quilo, segundo a Scot Consultoria. Houve uma queda de 7,3% desde o começo da semana, chegando ao menor valor preço desde o início de fevereiro.
Para o curto prazo, se o consumo não reagir, desvalorizações no preço da arroba do boi gordo não estão descartadas, tendo em vista que as indústrias irão se dedicar para recuperar a margem que está diminuindo.
Dólar e Ibovespa
Após subir por três pregões consecutivos, o dólar comercial fechou em baixa de 0,42%, a R$ R$ 3,249 para venda, seguindo o movimento da moeda no mercado externo e cedendo à pressão de investidores que embolsaram os ganhos recentes.
Além da depreciação do dólar em escala global, o mercado fez a devolução dos lucros dos últimos dias. E os investidores ficaram menos preocupados com o tom da ata do Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, indicando um ajuste monetário gradual.
O diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, ressaltou que exportadores venderam dólares para aproveitar a alta recente da moeda e que também houve um fluxo de entrada de investimentos estrangeiros direcionados à bolsa brasileira e a títulos do Tesouro, "o que resultou na cotação mínima do dia", afirmou.
A alta nos preços do petróleo, que chegaram a subir mais de 2% à tarde, também ajudou a valorizar o real e outras moedas de países emergentes. Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em alta de mais de 1% após dados do governo dos Estados Unidos mostrarem uma queda inesperada dos estoques
da commodity no país.
O Ibovespa encerrou em alta de 0,74%, aos 86.686 pontos. O volume negociado foi de R$ 11,131 bilhões.
Soja
O mercado brasileiro de soja registrou preços e movimentação mista nesta quinta-feira. Nos estados que ainda contam com algum volume em estoque, os negócios rodaram em níveis razoáveis, porém bem inferiores aos do dia anterior.
Jáe as regiões com volumes menores em estoque, as vendas
foram menores. O foco de todos os produtores segue sendo a fixação de preços
para a safra nova, aproveitando os bons valores do momento para realizar alguns
negócios.
Previsão do tempo
Sul
A formação de uma nova área de alta pressão atmosférica mantém uma massa de ar seco sobre praticamente toda a região Sul nesta sexta-feira. Apenas numa faixa que vai desde o litoral central do Rio Grande do Sul até o litoral do Paraná, é que a chuva ainda ocorre, mas de forma fraca e com baixos acumulados. Durante a madrugada e o início da manhã, as temperaturas diminuem especialmente na serra, garantindo um amanhecer com sensação de friozinho.
Sudeste
Com o avanço da frente fria até o litoral do Espírito Santo, o tempo ainda segue bastante instável sobre a região Sudeste nesta sexta-feira. Os maiores volume de chuva se concentram entre o norte do Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo e leste de Minas Gerais, onde não se descarta o risco para temporais acompanhados por ventos fortes e descargas elétricas.
Apenas no interior e no sul de São Paulo é que a condição para chuvas continua pequena e o tempo firme predomina, sob a influência de uma massa de ar seco que vem do Sul do país.
Centro-Oeste
A formação de uma área de instabilidade no alto da atmosfera e também uma área de baixa pressão atmosférica no leste da Bolívia, mantém nuvens carregadas sobre a região central do país nesta sexta-feira, especialmente no oeste e norte de Mato Grosso, onde o risco para temporais é maior.
Até o fim da noite, a chuva ganha força também no leste de Goiás e há potencial para transtornos como alagamentos e deslizamentos de terra. Por outro lado, uma massa de ar seco que vem do Sul do país mantém o tempo firme na metade sul de Mato Grosso do Sul.
Nordeste
Durante esta sexta-feira a chuva se espalha por todo o Nordeste devido a instabilidades tropicais que seguem atuando, mas com baixos acumulados na maior parte da região. A chuva ocorre de forma mais intensa apenas no Ceará, norte do Piauí e sul do Maranhão entre a tarde a noite, onde não se descarta o risco para transtornos.
Norte
Instabilidades tropicais, comuns nessa época do ano, mantém as nuvens bastante carregadas sobre o Norte do país durante esta sexta-feira. Os maiores volumes de chuva acumulados ainda se concentram no sul do Amazonas. Aumenta o potencial para transtornos como alagamentos e transbordamento dos rios.
Nas demais áreas, a chuva ocorre em forma de pancadas e com acumulados menores. Roraima é o único estado que não há previsão de chuva. O tempo firme mantém as temperaturas elevadas neste estado.
Fonte: Canal Rural