Boi: com oferta menor de animais, preço da arroba sobe
O mercado do boi gordo registrou preços entre estáveis a mais altos nesta terça-feira, dia 20. Se por um lado o lento escoamento da carne bovina não dá razão para as indústrias saírem às compras com afinco, por outro as programações de abate estão relativamente curtas.
Sem a necessidade momentânea de alongá-las, uma vez que a expectativa é de que o consumo de carne continue fraco no curto prazo, os frigoríficos compram apenas o necessário para atender a demanda imediata.
Entretanto, existem regiões onde a oferta de boiadas está pequena e o excesso de chuvas dificulta o transporte. Nestas praças, a oferta de compra está acima da referência, exemplo de Marabá (PA) e a região sul de Goiás.
O mercado atacadista segue apresentando acomodação dos preços. O escoamento da carne ainda é bastante lento, com expectativa de alguma queda no curto prazo.
Soja
O mercado interno de soja teve uma sessão com bom movimento na maioria das praças de negociação do país. Com compradores e vendedores presentes no mercado para aproveitarem os preços atrativos, com bons volumes sendo registrados durante o dia.
Novamente a região Sul do país e o Mato Grosso foram as principais motrizes em volumes negociados do país. Os preços seguiram a alta do dólar e dos preços da bolsa de Chicago. Se elevando entre R$ 1 e R$ 2 em todas as praças do país para soja disponível.
Milho
Ao contrário de Chicago, o mercado brasileiro de milho voltou a se deparar com preços em alta no decorrer da terça-feira. A demanda está aquecida enquanto cerealistas e cooperativas seguem travando a comercialização.
As chuvas ainda comprometem o trabalho de colheita da
safra de verão e o plantio da safrinha. Essa situação aumenta a apreensão
sobre o segundo semestre.
Dólar e Ibovespa
O dólar voltou a ganhar força frente às moedas globais, o que refletiu em valorização no mercado brasileiro, com a moeda rompendo o patamar de R$ 3,25, nível que operou em boa parte do pregão.
No mercado externo, investidores mantém cautela à espera da leitura da ata da reunião do Federal Reserve (FED), que é o banco central norte-americano. A entidade deve trazer pistas da política monetária dos Estados Unidos nos próximos meses. Com isso, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,61%, cotada a R$ 3,256 para venda.
Além do exterior, o mercado interno teve como pano de fundo a cautela dos investidores com a situação fiscal do país. "O sentimento negativo dos agentes locais em relação ao ajuste fiscal, após o engavetamento da reforma da Previdência, também ajudou na alta.
Ainda na terça, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a lista das 15 medidas econômicas apresentada pelo governo federal e chamou o anúncio de "precipitado". Segundo ele, a apresentação foi um equívoco e desrespeitoso ao parlamento, já que os projetos estão na Câmara. Maia ainda ponderou que a casa vai pautar aquilo que entenderem como relevante, no tempo dos parlamentares.
O Ibovespa encerrou em alta de 1,19%, aos 85.803 pontos. O volume negociado foi de R$ 12,343 bilhões.
Previsão do tempo
Sul
A massa de ar seco associada a uma área de alta pressão atmosférica ainda inibe a formação de nuvens carregadas e mantém o tempo firme desde o oeste gaúcho até o noroeste do Paraná durante esta quarta-feira.
Por outro lado, a formação de uma nova área de baixa pressão atmosférica na costa da região ajuda a organizar instabilidades desde o sul do Rio Grande do Sul até o norte paranaense. Os maiores volumes de chuva se concentram no leste do Paraná, mas ainda assim, são pouco expressivos e não há risco para temporais.
Sudeste
A formação de uma área de baixa pressão atmosférica organiza uma frente fria que avança pelo litoral de São Paulo. Com isso, nuvens carregadas se formam sobre o Sudeste e espalham chuva por praticamente toda a região. A chuva ganha intensidade até o fim da noite e há risco para temporais entre o Rio de Janeiro e o leste de Minas Gerais, onde há risco para queda de granizo. A condição para chuvas diminui e o tempo firme predomina apenas no extremo oeste paulista e extremo norte mineiro.
Centro-Oeste
Instabilidades no alto da atmosfera organizam nuvens carregadas sobre o centro do país nesta quarta-feira. A chuva ganha intensidade logo pela manhã no leste de Mato Grosso e ao longo do dia se torna volumosa também no norte e sul mato-grossense e região central de Goiás. Os temporais ocorrem nessas áreas e não se descarta o risco para queda de granizo.
Por outro lado, uma massa de ar seco vinda do Sul do país, inibe a formação de nuvens carregadas e mantém o tempo firme no sul de Mato Grosso do Sul.
Nordeste
A formação de um fenômeno conhecido pelos meteorologistas como Vórtice Ciclônico de Altos Níveis mantém as nuvens carregadas sobre o Nordeste e as pancadas ocorrem a qualquer hora do dia desde o interior da Bahia até o Maranhão. Os maiores volumes de chuva se concentram no oeste baiano e também no sul do Maranhão até o fim da tarde. Chove também, mas de maneira fraca e isolada em todo o litoral nordestino devido a instabilidades no alto da atmosfera.
Por outro lado, uma massa de ar seco mantém o tempo firme e ensolarado desde o sul da Bahia até o sul da Paraíba.
Norte
Instabilidades tropicais seguem atuando sobre o Norte do país e nuvens carregadas se espalham ao longo do dia. Logo nas primeiras horas, os temporais continuam entre o Pará e o Amapá e podem vir acompanhados por ventos fortes e descargas elétricas. No decorrer do dia, as pancadas continuam e ganham força também no leste do Amazonas e no Tocantins. Por outro lado, o tempo firme e ensolarado continua em Roraima.
Fonte: Canal Rural