No milho, prejuízos estão próximos de 28% nesta safra. Até o momento, 14 cidades já decretaram situação de emergência. Perspectiva é que sejam colhidas 16,8 mi de toneladas de soja nesta temporada. Ainda assim, bom rendimento projetado no norte do estado pode compensar perdas já consolidadas no sul.
Na metade sul do Rio Grande do Sul, as lavouras de soja já apresentam perdas consolidadas devido ao clima seco e as altas temperaturas observados nos últimos três meses. A quebra chega a 11%, segundo projeção da Emater/RS, e a região é responsável por 18% da safra da oleaginosa no estado. Para essa temporada, a perspectiva é que sejam colhidas 16,8 milhões de toneladas do grão.
Até o momento, cerca de 14 cidades já decretaram situação de emergência e a Defesa Civil calcula um prejuízo de R$ 250 milhões. "Essa é uma perda já consolidada aos produtores rurais e que pode se agravar caso não haja chuvas nas próximas semanas", reforça o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura.
A cultura do milho também foi penalizada pelas intempéries climáticas e os prejuízos são estimados próximos de 28% na região. Diante da redução na área cultivada com o cereal nesta temporada, a projeção é que sejam colhidas mais de 4,6 milhões de toneladas do cereal.
Em contrapartida, o cenário é diferente na metade norte do estado. Com as chuvas bem distribuídas, os produtores estão mais animados em relação aos rendimentos das lavouras. "Em muitos locais, a produtividade da soja pode ficar acima da média histórica. E, considerando que a região planta mais de 80% da área de soja e 85% da área de milho no estado, acredito que podemos compensar as perdas registradas no sul", pondera Moura.
Inclusive, as primeiras áreas de soja começaram a ser colhidas na região de Santa Rosa. "Na Fronteira Oeste, cerca de mil hectares já foram colhidos, com produtividade média de 3 mil quilos por hectare, com variação entre 2,7 mil quilos e 3,3 mil quilos por hectare", informou a entidade em seu boletim semanal.
Em relação à sanidade das lavouras, o diretor técnico reforça que o cenário foi mais tranquilo nesta temporada, uma vez que os produtores estão monitorando mais as plantações. "E dominando melhor a questão de pragas e fungos no cultivo da soja", completa.
Fonte: Noticias Agricolas