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Soja: safra argentina deve ser 10 milhões de toneladas menor
Notícia
Publicado em 15/02/2018

De acordo com a consultoria Agripac, os prejuízos podem atingir US$ 4 bilhões; confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira, dia 14, com preços mais altos. No início da sessão, a cotação até esboçou uma correção negativa frente aos fortes ganhos acumulados desde segunda-feira, 12, mas acabou voltando a operar no território positivo e fechou novamente em alta.

O mercado voltou a dar continuidade ao movimento de alta frente às condições climáticas para o desenvolvimento da safra argentina. As previsões continuam apontando para a manutenção de um clima desfavorável nas principais províncias produtoras do país vizinho nos próximos 14 dias, e tal fato preocupa bastante.

Se o clima continuar ruim, as perdas produtivas poderão ultrapassar 5 milhões de toneladas, trazendo um aperto na oferta da oleaginosa por parte do maior país exportador de subprodutos (farelo e óleo).

A perda de força do dólar frente a outras moedas mundiais também ajudou a trazer força ao complexo soja, aumentando a competitividade dos produtos norte-americanos no mercado internacional.

Argentina

A consultoria Agripac revisou para baixo as estimativas para as safras de soja e de milho da Argentina em decorrência da seca que atinge o país. Segundo o consultor Pablo Adreani, a previsão do ciclo 2017/2018 de oleaginosa argentina caiu de 57 milhões de toneladas para 47 milhões de toneladas, com uma perda financeira estimada de US$ 4 bilhões. A safra de milho do país vizinho foi revista de 40 milhões de toneladas para 35 milhões de toneladas, com uma perda financeira de US$ 1 bilhão.

Brasil

O mercado brasileiro de soja registrou bastante movimento no Paraná e no Rio Grande do Sul. Na volta do feriado, foi registrada a negociação de mais de 50 mil toneladas. Os preços subiram em praticamente todas as praças na comparação com a última sexta-feira. Na abertura das cotações, os preços estavam ainda mais elevados, porém a valorização foi reduzida pela forte queda do dólar.

Dólar e Ibovespa

Em dia de pregão reduzido em razão da volta da emenda do Carnaval, o dólar teve forte desvalorização ante o real e fechou em queda de 2,27%, cotado a R$ 3,228 para venda. A sessão foi marcada por ajustes no mercado externo com o dólar perdendo força ante as principais moedas pelo terceiro dia seguido.  

Apesar da valorização da moeda local, "foi um dia de volatilidade e de baixo volume de negócios, mas ainda positivo para os mercados locais", disse a equipe econômica da Guide Investimentos. 

Pela manhã, antes da abertura do mercado, foram divulgados os dados de inflação nos Estados Unidos. Apesar dos ótimos dados, eles foram insuficientes para sustentar o dólar. Isso permitiu esse forte ajuste do câmbio pelo reflexo também do bom humor dos investidores no mercado global, que acabou contaminando o movimento de hoje.

O Ibovespa encerrou em alta de 3,27%, aos 83.542 pontos. O volume negociado foi de R$ 11,257 bilhões.

Boi

O mercado físico do boi gordo retomou as negociações da quarta-feira com quadros diferentes pelo país, segundo a consultoria Safras & Mercado. Em alguns estados do Norte e do Centro-Oeste do Brasil, em que os frigoríficos se deparam com uma situação de maior conforto, já se iniciaram os testes sobre os preços de balcão. 

Em Mato Grosso e em São Paulo, o quadro é diferente, com escalas pressionadas, os frigoríficos optaram por aumentar os preços de balcão.

Já o mercado atacadista voltou a se deparar com preços firmes no decorrer do dia. A expectativa é de uma reposição mais lenta a partir da segunda quinzena do mês, considerando o perfil de consumo mais discreto durante o período em questão. 

Previsão do tempo

Sul

Nesta quinta-feira, dia 15, pouca coisa muda no Sul do país, ainda com a atuação de uma massa de ar mais seco que deixa o tempo firme desde o Rio Grande do Sul até o centro paranaense. 

Por outro lado, a formação de uma área de baixa pressão atmosférica na costa entre o Paraná e São Paulo, ajuda na formação de nuvens carregadas, com previsão de pancadas fracas e isoladas que ocorrem desde o litoral de Santa Catarina até as áreas mais ao norte da região Sul. 

No litoral sul gaúcho, uma circulação atmosférica mantém alguma nebulosidade, mas há pouca chance para chover.

Sudeste

A formação de uma área de baixa pressão atmosférica na costa entre o Paraná e São Paulo mantém o tempo instável em boa parte da região Sudeste na quinta-feira. Os maiores volumes de chuva se concentram entre o norte paulista e o sul mineiro até o fim da noite. 

Há risco para queda de granizo no interior do estado de São Paulo e na metade sul de Minas Gerais. Por outro lado, o tempo seco e ensolarado ainda predomina em grande parte de Minas Gerais, desde a região central do estado até o norte mineiro.

Centro-Oeste

Uma área de baixa pressão atmosférica se forma sobre o sul de Mato Grosso e alimenta as instabilidades na região. Os maiores volumes de chuva se concentram entre o sul de Mato Grosso e o norte de Mato Grosso do Sul. Chove de forma volumosa também no sul de Goiás até o fim da noite. 

Dessa vez, o tempo firme predomina apenas em área no leste goiano e também no Distrito Federal, isso porque a massa de ar seco começa a se afastar da região central do país.

Nordeste

Uma área de alta pressão atmosférica na altura da Bahia começa a se afastar para o oceano e as pancadas isoladas voltam a ocorrer em mais áreas do estado. Apenas no centro-oeste baiano que o predomínio ainda é de tempo seco. Nos demais estados nordestinos, as pancadas de chuva seguem persistentes e continuam volumosas entre o Piauí e o Maranhão.

Norte

Nesta quinta-feira pouca coisa muda na região Norte. As tempestades continuam entre o Acre e o oeste do Amazonas. Chove forte também no norte do Tocantins e não se descarta o risco para transtornos. Nas demais áreas, as pancadas mais fracas seguem persistentes.

Fonte: Canal Rural

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