Boi: pecuarista reduz venda na espera de preço melhor
O mercado físico do boi gordo teve preços estáveis na maioria das praças nesta segunda-feira, dia 5. Os frigoríficos seguem encontrando dificuldades na compra de gado, considerando a relutância do pecuarista em negociar nos níveis de preço ofertados.
No geral, o pecuarista mantém a postura de venda reduzida, visando garantir sustentação a arroba. Todavia, a diminuição das chuvas em algumas praças faz com que o interesse em negociar seja crescente.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a previsão é de bom escoamento para a carne bovina no decorrer da primeira quinzena de fevereiro, o que poderia motivar reajustes nos preços ao longo da cadeia produtiva.
Soja
O mercado brasileiro de soja teve uma segunda-feira de movimentação moderada com cotações pouco alteradas, predominando preços de estáveis a mais altos. Os primeiros volumes de soja colhida vão sendo negociados. A alta do dólar voltou a dar sustentação aos preços no Brasil neste começo de semana.
Apenas negócios pontuais, envolvendo volumes não tão expressivos, foram registrados ao longo da sessão. Os produtores mantêm suas atenções voltadas para o clima e os trabalhos de colheita no Brasil, além de não tirar o olho da situação climática na Argentina.
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial consolidou a alta apresentada ao longo da sessão ante o real seguindo o desempenho da moeda no mercado externo, onde operou com ganhos frente aos pares e às emergentes com investidores em busca de proteção. No mercado interno, a possibilidade de rolagem de contratos de swap cambial também contribuiu com a pressão altista da divisa estrangeira sobre a moeda local.
Diante disso, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,02%, cotada a R$ 3,248 para venda, enquanto no mercado futuro, o contrato para março também
avançava em mais de 1%, rompendo o patamar de R$ 3,26.
"Além do movimento externo, com a corrida por proteção e o movimento de correção, aqui, também saiu a informação de que o Banco Central deve anunciar no fim desta semana uma possível rolagem de swap cambial, o que sempre traz pressão altista ao dólar", comenta o trader de renda fixa da Quantitas,
Matheus Gallina.
Segundo Gallina, há contratos que somam US$ 6 bilhões para vencer em primeiro de março. "Esse anúncio deve sair até sexta porque o feriado de Carnaval vai reduzir os dias para a rolagem desses contratos", complementa.
A reforma da Previdência ainda continua no radar dos investidores, já que até o momento o governo não tem os 308 votos de deputados necessários para aprovar a matéria. "O ceticismo dos investidores com a reforma teria induzido os investidores a compras defensivas no pregão", diz o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.
O Ibovespa encerrou em queda de 2,59%, aos 81.861 pontos. O volume negociado foi de R$ 9,654 bilhões.
Previsão do tempo
Sul
Nesta terça-feira, novas áreas de instabilidade se formam entre o Paraguai e a região Sul. Até o fim do dia as nuvens carregadas ganham força e há previsão para chuva no oeste do Paraná, com risco para trovoadas e ventos de moderada a forte intensidade. Entre o litoral norte gaúcho e as praias do sul catarinense, tem muitas nuvens, mas com chuva de maneira mais fraca e bem isolada. Nas demais áreas, o sol predomina com alguma variação da nebulosidade. A sensação de calor continua nos três estados.
Sudeste
O risco para chuva intensa e volumosa continua entre o Espírito Santo, região do sul e zona da mata e centro-norte de Minas Gerais. Há potencial para trovoadas e os elevados volumes aumentam a condição para transbordamentos e deslizamento de encostas.
Nas demais áreas mineiras, no Rio de Janeiro e em grande parte do estado de São Paulo a chuva é localizada e com menores volumes, mas podem ser acompanhadas por trovoadas. Na divisa entre o Paraná e o estado paulista, o sol predomina e não há condição para chuva. Além disso, a sensação é de calor e tempo abafado nestas áreas.
Por fim, atenção para a rajadas fortes e acima dos 60 quilômetros por hora no norte fluminense, leste mineiro e todo o estado capixaba, devido ao desenvolvimento de uma área de baixa pressão atmosférica na costa da região Sudeste.
Centro-Oeste
Nesta terça-feira o tempo segue firme em Mato Grosso do Sul, com temperaturas elevadas na parte da tarde. Já em Goiás, no Distrito Federal e em Mato Grosso, um corredor de umidade forma nuvens carregadas e chove a qualquer momento. Os maiores acumulados ainda ocorrem nas áreas mais ao norte do Centro-Oeste, com potencial para transtornos em algumas áreas de risco.
Nordeste
A chuva segue em grande parte do Nordeste. O tempo fica firme apenas entre a faixa que vai desde o estado de Sergipe até o agreste e o sertão do Rio Grande do Norte. No interior da Bahia, no Piauí e no Maranhão, os volumes de chuva são bastante elevados e há risco para transtornos, como transbordamento do nível dos rios.
Há potencial para trovoadas, principalmente entre o norte maranhense e o Ceará. Nas demais áreas da região, a chuva é isolada e ocorre alternada por períodos de tempo mais firme.
Norte
A chuva segue em grande parte da região Norte, com exceção de Roraima onde o tempo segue firme. No Tocantins, no Sul do Pará e no norte de Rondônia, as pancadas ocorrem a qualquer hora do dia, com potencial para elevados volumes acumulados e risco para transtornos, como transbordamentos. Nas demais áreas do Norte, a chuva ocorre alternada por períodos de tempo mais firme, com a presença do sol, o que garante a sensação de tempo abafado.
Fonte: Canal Rural