Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado
Boi Gordo
O mercado físico de boi gordo teve preços entre estáveis a mais baixos na maioria das regiões nesta terça-feira, dia 9. Fundamentalmente, o viés segue baixista, uma vez que o volume de oferta deve continuar aumentando nos próximos dias com a retomada gradual dos pecuaristas ao mercado.
No entanto, em algumas regiões com baixo volume de bovinos terminados a cotação está acima da referência de preço, como por exemplo, na Bahia. Na região sul do estado, a arroba do boi gordo está cotada em R$ 140,50, à vista, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), alta de 0,7% frente ao último fechamento.
No geral, o consumo de carne bovina está retraído neste momento, fator que pressiona os valores da matéria-prima. Segundo a consultoria XP Investimentos, a reposição de mercadorias ao varejo foi abaixo das expectativas e limitou a necessidade de compra das industrias.
Isto porque, estas desejam evitar os estoques crescentes derivados de animais “caros” e vão diminuindo, inclusive, o ritmo operacional (quantidade de animais abatidos/dia). Boa parte está aproveitando o período mais fraco para realizar manutenções e implementar novas maquinas na linha de abate.
Soja
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos pela segunda sessão consecutiva. A ampla oferta mundial da oleaginosa e a firmeza do dólar frente a outras moedas pressionaram Chicago.
O mercado começa a buscar posicionamento frente ao relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta, 12. A expectativa é de elevação na estimativa para os estoques americanos em 2017/2018 e também ajuste para cima na previsão de produção do Brasil.
Na avaliação do mercado, o USDA deve ratificar o cenário de aumento na oferta de soja. O clima na Argentina, no entanto, ainda merece atenção. A estiagem que afeta o cinturão produtor de soja no país deve piorar nesta semana.
Conforme informações meteorológicas, o quadro deve pressionar produtores a arriscarem um plantio mais tarde do que o normal, além de aumentar o risco de geadas mais adiante na temporada.
Com uma área de 2,25 milhões de hectares ainda a ser implantada, os produtores apostam ao semearem em solo seco, que pode ser vulnerável às geadas de maio. A Argentina é o terceiro maior exportador mundial de soja e o maior fornecedor global de farelo de soja para ração animal.
No Brasil, o dia foi de preços estáveis e poucos negócios.
Milho
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais altos. O mercado buscou uma recuperação, após atingir o pior nível em três semanas. Os investidores cobriram posições e se prepararam para a divulgação dos relatórios mensal e trimestral do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
O USDA deverá diminuir a estimativa para os estoques finais americanos de milho em 2017/2018. A previsão para a safra também deve ser reduzida.
No mercado interno, o milho teve um dia de movimentação um pouco melhor de negócios em todo o centro-sul. No Rio Grande do Sul, entretanto, segue o mercado mais pressionado por ofertas de safra nova.
Dólar e Ibovespa
Depois de romper o patamar de R$ 3,25 ao longo do dia, o dólar comercial fechou em alta de 0,27%, cotado a R$ 3,247 para venda, após as perdas registradas na semana passada, com os investidores buscando correção em escala global. No mercado futuro, o contrato para fevereiro apontava alta de R$ 0,12, a R$ 3,254.
"Apesar de duas altas seguidas do dólar, o real continua com certa força. Essa correção vista no câmbio aqui está sendo feita em escala global. Tem sido um movimento de ajuste", disse o operador da H.Commcor, Cleber Alessie.
No meio da tarde, o dólar avançou e rompeu o patamar de R$ 3,25, após a agência de classificação de risco Moody's afirmar que o Brasil é o país da América Latina onde a estrutura de gastos públicos inflexível complica o andamento do ajuste fiscal e que as eleições deste ano elevam o risco de reversão de política e paralisação de reformas. "Com isso, o dólar renovou suas máximas sequenciais até passar de R$ 3,25. Mas perto do fechamento perdeu um pouco de força", disse a equipe econômica da Correparti.
O Ibovespa encerrou com queda de 0,65%, aos 78.863 pontos. O volume negociado foi de R$ 9,229 bilhões.
Previsão do tempo
Sul
Nesta quarta-feira a umidade do mar, a partir de uma região de alta pressão atmosférica no oceano, ainda permite muitas nuvens, ventos moderados e chuvas concentradas em áreas litorâneas.
Por outro lado, o calor se faz presente no interior da região Sul, especialmente no período da tarde. É o calor e um corredor de umidade da Amazônia que forma nuvens bastante carregadas e volta a favorecer chuvas com trovoadas nos três estados do Sul, com risco para temporais no oeste do Paraná. A chuva é mais forte nas cidades de fronteira com o Paraguai e a Argentina. O tempo fica firme apenas na região de Uruguaiana no Rio Grande do Sul.
Sudeste
As instabilidades formadas a partir do calor e da umidade que é distribuída pela floresta Amazônica voltam a espalhar chuvas com trovoadas de final de tarde, numa forma bem típica dos meses de verão em todo o Sudeste.
Há condição para chuva mais forte entre o norte de São Paulo e o oeste mineiro, com trovoadas. Ao mesmo tempo, uma região de alta pressão atmosférica impede chuvas generalizadas na zona da mata de Minas Gerais, região que atinge apenas uma ou outra cidade.
Centro-Oeste
Há mais períodos de melhoria sobre a região Centro-Oeste, algo que permite que a temperatura suba um pouco mais em relação ao dia anterior em todos os estados e no Distrito Federal. Mesmo assim, um sistema meteorológico formado pelo calor e umidade da Amazônia nesta época do ano volta a formar nuvens carregadas e pancadas de chuva sobre a região. A chuva é mais isolada e desta vez atinge apenas uma ou outra cidade, mas pode ser de forte intensidade e com trovoadas, especialmente no oeste de Mato Grosso do Sul.
Nordeste
Nesta quarta-feira a chuva se torna mais generalizada pelo Nordeste. As pancadas ocorrem a qualquer momento, especialmente no Maranhão e no Piauí. Nas demais áreas, a chuva ocorre com menor intensidade e com baixos acumulados. Na região central da Bahia a condição de chuva é menor e a sensação de calor é mais intensa.
Norte
A área de chuva intensa se concentra principalmente no Tocantins e no interior do Pará, com volumes mais expressivos. Chove também nas demais áreas da região, mas com acumulados menores. As pancadas ocorrem a qualquer hora do dia e são acompanhadas por trovoadas. O sol aparece entre uma chuva e outra e faz as temperaturas se elevarem, deixando o tempo abafado.
Fonte: Canal Rural