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Publicado em 18/12/2017

Boi gordo: frigoríficos ofertam valores de até R$ 149 pela arroba

O mercado físico do boi gordo encerrou a semana anterior com preços firmes. Segundo a consultoria Safras & Mercado, alguns frigoríficos se ausentaram da compra de gado na sexta-feira, dia, 15, avaliando as melhores estratégias a serem adotadas para o decorrer desta semana ou até testaram o mercado, ofertando preços abaixo da referência.

Porém, o cenário mais comum é de oferta limitada e irregular de boiadas. Muitas das vezes, a saída das indústrias tem sido buscar animais em praças vizinhas, mesmo que o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) seja praticamente impeditivo.

A consultoria Radar Investimentos indica que os valores de compra em São Paulo seguem firmes e já há ofertas entre R$ 148 e R$ 149 por arroba, à vista, bruto de impostos.

Embora essas valorizações para o boi gordo sejam possíveis e até esperadas no curto prazo, a tendência é que a movimentação diminua nas próximas semanas, com a chegada das festas e os estoques do varejo já encaminhados.

Dólar e Ibovespa

Depois de muita expectativa com a reforma da Previdência, adiada para fevereiro, os investidores agora se voltam para a reforma tributária nos Estados Unidos, que mexeu com o câmbio no cenário externo no pregão de sexta-feira. As commodities também colaboraram para a apreciação das moedas emergentes ante a divisa norte-americana. 

Com isso, o dólar comercial fechou em queda de 0,89%, cotado a R$ 3,308 para venda ante o real. Já o dólar futuro, contrato para janeiro, caía 1,07%, a R$ 3,311. 

"O cenário no exterior está mais positivo com os indicadores econômicos dos Estados Unidos e também as perspectivas quanto a votação da reforma tributária por lá. O mercado agora monitora esse fato. O dia também foi favorável para as commodities, o que contribui para a recuperação dos emergentes frente ao dólar", avalia a equipe econômica da Guide Investimentos. 

Outro fator observado pela equipe da Guide é a percepção de risco-país do Brasil, medido pelo swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) de 5 anos, que embora caia, recuou menos do que a média dos demais países emergentes. Sinal de que, ainda há pontos de preocupação com o cenário local. 

Nesta semana, a agenda política começa a se esvaziar com o início do recesso político, e consequentemente, sem novidades quanto a reforma da Previdência. Fator que fica em segundo plano, por agora. O cenário externo terá mais peso na precificação do câmbio, "que deve se sustentar acima dos R$ 3,30 enquanto não há definições quanto à Previdência", comenta um operador de câmbio. 

 O Ibovespa encerrou com alta de 0,25%, aos 72.607,70 pontos. O volume negociado foi de R$ 17,602 bilhões.

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sesta-feira com preços mais baixos. O mercado não conseguiu sustentar os ganhos iniciais e voltou ao território negativo, pressionado pela previsão de chuvas para as regiões produtoras da Argentina e do sul do Brasil. Na semana, as perdas ficaram em 2,27%. 

Nem mesmo as vendas por parte de exportadores privados, anunciadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), conseguiram limitar as perdas. Foram embarcadas 257 mil toneladas para a China e mais 126 mil toneladas para destinos não revelados. 

A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa) informou que o esmagamento de soja atingiu 163,5 milhões de bushels em novembro. O número ficou abaixo do registrado em outubro, de 164,2 milhões de bushels. No entanto, o número ficou acima do esperado pelo mercado e é recorde para o mês de novembro. 

No Brasil, o mercado da soja teve um dia de poucos negócios e preços em baixa, acompanhando as perdas de Chicago e do dólar. Boa parte do mercado já entra em ritmo de fim de ano e não demonstra muito interesse em negociar.

O plantio da soja na temporada 2017/2018 atingiu 97,6% no Brasil, na semana encerrada em 15 de dezembro, segundo levantamento de Safras & Mercado. Na semana anterior, o plantio era de 94,1%. Em igual período do ano passado, a semeadura estava em 97,7%. A média para o período é de 96,8%. 

Milho

O milho em Chicago fechou com preços mais baixos. O mercado voltou a ser pressionado pela previsão de retorno das chuvas na Argentina e pelo quadro de ampla oferta mundial do cereal. 

Na semana, a posição de março acumulou uma queda de 1,48%. Na sexta, as perdas foram limitadas pelo anúncio de uma venda de 134,5 mil toneladas por parte dos exportadores privados para a Costa Rica. 

No Brasil, a lentidão dominou o mercado de milho no decorrer do dia. O mercado tende a se tornar cada vez mais lento, considerando a tradicional morosidade às vésperas das comemorações de fim de ano. De uma maneira geral, os principais consumidores do país ainda se deparam com estoques confortáveis. A exceção ainda está no mercado paulista.

Previsão do tempo

Sul

Na segunda-feira, as chuvas se concentram entre Santa Catarina e Paraná em forma de pancadas mas entre períodos de melhoria, e desta vez estão associadas à passagem de uma área de instabilidade. Porém, o grande destaque é uma massa de ar frio que avança pelo Rio Grande do Sul, derrubando a sensação térmica e gerando muito contraste em relação aos dias anteriores. Há também, condição para ventania na faixa leste e o mar fica mais agitado.

Sudeste

A aproximação de uma nova frente fria pelo oceano continua a induzir chuva no Sudeste na segunda. As áreas mais atingidas serão o sul e litoral paulista, mas as pancadas vão se espalhando até o final do dia também pelo Rio de Janeiro e grande parte de Minas Gerais. Os ventos aumentam de intensidade, mas a sensação ainda é de abafamento. Entre o Espírito Santo e o nordeste mineiro o tempo fica mais nublado e a chuva que ocorrer, além de ser mais no final do dia, é de baixo acumulado. 

Centro-Oeste

Nuvens ficam muito carregadas sobre o norte e noroeste de Mato Grosso e são previstos elevados volumes acumulados na segunda-feira. Até o final do dia a chuva se espalha para a maior parte do Centro-Oeste, mas entre Mato Grosso do Sul e o sul de Goiás a precipitação é bastante irregular, atingindo uma ou outra cidade. Os ventos mudam de direção nas áreas mais próximas à São Paulo e ao Paraná e por isso a temperatura já não sobe tanto quando nos dias anteriores.

Nordeste

Na segunda, chuva com trovoadas acontecem entre os estados do Maranhão, Piauí e também no oeste, norte e centro da Bahia. São áreas de instabilidade que são comuns nesta época do ano. No litoral, a chuva vem mais isolada especialmente no período da noite. No sertão e no sul da Bahia a condição para chuva é menor, mas ainda com muitas nuvens.

Norte

Chuvas generalizadas se concentram entre Acre, Rondônia, Amazonas e sul do Pará na segunda-feira. Há chuva forte com trovoadas também no Amapá. O calor da tarde perde um pouco de força em relação aos dias anteriores. Aos poucos a chuva no Tocantins também começa a perder um pouco de força.

Fonte: Canal Rural

 

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