De acordo com o Ministério da Agricultura, a expectativa é que 150 milhões de bovinos e bubalinos sejam imunizados nesta fase da campanha
A segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa já começou em todo o Brasil e de acordo com o Ministério da Agricultura, a expectativa é que 150 milhões de bovinos e bubalinos sejam imunizados nesta fase da campanha. É neste período do ano que muitos produtores ficam tensos, pois o processo de vacinação altera a rotina da fazenda.
Independentemente do tamanho da propriedade e da quantidade de animais, a primeira coisa que o produtor deve fazer é um planejamento para que o procedimento seja realizado com eficiência e sucesso. Os cuidados vão desde a compra e manuseio das vacinas até a condução do rebanho.
As doses, por exemplo, devem ser conservadas de acordo com as instruções do fabricante, por isso, ler o rótulo é sempre importante. As recomendações são de que as vacinas sejam armazenadas em temperatura entre 2°C e 6°C, e levadas até o local de aplicação em caixas com gelo, para que permaneçam em temperatura adequada durante todo o processo.
“Vale ressaltar que o congelamento ou o excesso de calor torna a vacina ineficaz”, diz o técnico da ACB Baltec Tronco & Balanças, Ailton Baraviera.
Além dos cuidados com a temperatura das vacinas outro ponto muito importante é fazer a aplicação nos animais de forma correta para evitar lesões e abcessos. “Essas falhas acarretam grandes lesões na carcaça do animal comprometendo diretamente os ganhos dos produtores quando há a venda para os frigoríficos. Por isso a estrutura de currais e principalmente troncos de contenção precisam ser altamente seguras”, afirma Baraviera.
Para que a imunização ocorra de forma natural e segura sem estressar os animais e nem causar danos físicos é preciso seguir alguns cuidados no manejo. Veja algumas dicas.
• A dose a ser aplicada em cada animal deve ser aquela indicada no rótulo da vacina. Uma dosagem menor do que a indicada pelo fabricante não vai oferecer aos animais a proteção desejada
• Limpar e desinfetar a seringa e ferver as agulhas antes da aplicação
• Manter a pistola dentro da caixa de isopor, quando não estiver em uso
• Utilizar agulhas 15×18 centímetros para aplicar vacina oleosa (subcutânea) e agulha 20×18 para aplicar vacina oleosa (intramuscular)
• Agitar o frasco de vacina toda vez que for encher a seringa
• Certificar-se de que o conteúdo da seringa contém a dose certa (5 ml) e que não existem bolhas de ar
• Aplicar a vacina na tábua do pescoço pela via subcutânea (debaixo da pele) ou intramuscular (dentro do músculo) tendo o cuidado de manter a seringa na posição inclinada, quase em pé, com a agulha apontada para baixo
• Anotar os animais vacinados por faixa etária e sexo
• Os horários ideais para a aplicação são o início da manhã e o final da tarde
Fonte: Canal Rural