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Conheça o boné que ajuda caminhoneiros a não dormirem ao volante
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Publicado em 30/10/2017

A criação do acessório foi precedida de um estudo para identificar os movimentos que fazem parte da rotina normal dos motoristas e os que indicam sono

Durante a Fenatran, a Ford Caminhões apresentou o Boné Alerta, que à primeira vista parece um boné comum, mas consegue interpretar os movimentos de cabeça do motorista através de sensores e avisa quando ele está com sono para fazer uma parada de descanso. O alerta é feito por três tipos de sinais: vibratório, visual e sonoro.

A criação do acessório foi precedida de um estudo para identificar os movimentos do caminhoneiro que fazem parte da sua rotina normal de trabalho e os que indicam sono. Essa base de dados depois foi transferida para a unidade central de processamento do boné, que funciona conectada a um acelerômetro e um giroscópio para identificar cada tipo de situação.

“A Ford é a primeira montadora a pensar em um ‘wearable’ (tecnologia de vestir) para utilização enquanto o motorista está ao volante e que pode contribuir na prevenção de acidentes“, conta o presidente da Ford América do Sul.

O Boné Alerta foi testado durante oito meses por um grupo selecionado de motoristas, por mais de cinco mil quilômetros em condições reais de rodagem. Ele também foi apresentado a especialistas da área de segurança de tráfego e estudos do sono, que reconheceram o seu potencial para auxiliar na prevenção de acidentes nas estradas.

O protótipo se encontra em fase de testes, com vistas ao processo seguinte de patenteamento e certificação, e ainda não há planos para a sua produção e comercialização no curto e médio prazo. Mas a Ford mostrou interesse em dividir essa tecnologia com parceiros e clientes para avançar no seu desenvolvimento e viabilizar a sua introdução no mercado.

Perfil do caminhoneiro

 

A pesquisa do perfil dos caminhoneiros realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2016 revela que mais de 60% desses profissionais consideram a profissão perigosa. Eles rodam em média cerca de 10 mil quilômetros por mês e cerca de 45% já receberam a oferta de algum tipo de droga ou substâncias ilícitas, principalmente em postos de combustível. Além disso, mais de 11% se envolveram em pelo menos um acidente nos últimos dois anos.

Esses dados são um indicador do nível alto de estresse da profissão e o potencial do Boné de Alerta de contribuir para os caminhoneiros terem uma direção mais segura. A pesquisa mostra também que esses profissionais têm em média idade de 44 anos e atuam na profissão há 18 anos. Já a idade média dos caminhões utilizados é de quase 14 anos.

Suas principais preocupações são o custo do combustível (46,4%), valor baixo do frete em relação aos custos (40,1%) e assaltos e roubos (37,6%). Como pontos positivos da atividade, eles citam principalmente a possibilidade de conhecer novos lugares (47%) e conhecer novas pessoas (33%).

Fonte: Canal Rural

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