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Açúcar inicia semana em alta, com expectativas para a safra 2027/28
Por Toninho Gaúcho
Publicado em 24/11/2025 13:43
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O mercado do açúcar iniciou a semana em campo positivo nesta segunda-feira (24). Em Nova Iorque, o contrato março/26 é negociado a 14,84 cents de dólar por libra-peso (+0,41%), o maio a 14,35 cents (+0,42%) e o julho a 14,29 cents (+0,49%). Em Londres, o adoçante segue em leve queda, cotado a US$ 423,40 por tonelada (-0,17%) no contrato março/26.

De acordo com análise de Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting, um ponto de destaque nas últimas duas semanas é a maior valorização dos contratos longos em relação aos vencimentos curtos. Os preços médios projetados indicam 14,50 cents de dólar por libra-peso para a safra 26/27 e 15,32 cents para a 27/28. O mercado, portanto, paga um prêmio de cerca de 82 pontos (aproximadamente US$ 18 por tonelada) para a curva 27/28, o que reflete a percepção de que preços baixos e prolongados na safra 26/27 podem comprometer investimentos, renovação de canaviais e uso de insumos, impactando a produção futura.

A incerteza sobre a posição dos fundos continua sendo um dos fatores mais sensíveis. Segundo o último relatório disponível da Commodity Futures Trading Commission (CFTC), referente a 7 de outubro, os fundos recompraram cerca de 34 mil lotes em duas semanas, período em que o mercado subiu 97 pontos. No entanto, há uma lacuna de seis semanas sem atualização, justamente em meio à recente volatilidade.

 

Segundo a Barchart, os preços também receberam suporte após o Ministério da Alimentação da Índia autorizar a exportação de 1,5 milhão de toneladas de açúcar na safra 2025/26, abaixo das estimativas anteriores de 2 milhões de toneladas. Por outro lado, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) projeta um excedente global de 1,625 milhão de toneladas em 2025/26, revertendo o déficit de 2,916 milhões da safra 2024/25. A entidade destaca que a recuperação da produção na Índia, Tailândia e Paquistão impulsiona o superávit. A produção global deve alcançar 181,8 milhões de toneladas, crescimento de 3,2% em relação à safra anterior.

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