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Empresa brasileira desenvolve etanol de soja
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Publicado em 20/09/2017

A iniciativa com o biocombustível é pioneira na indústria mundial, já que as experiências atuais são a partir de cana-de-açúcar, milho ou beterraba. 

Uma empresa de processamento de grãos de Brasília vai investir R$ 115 milhões na ampliação do complexo industrial de Sorriso, no Mato Grosso, para a produção de etanol hidratado a partir de soja e também no processamento de lecitina.

A iniciativa com o biocombustível é pioneira na indústria mundial, já que as experiências atuais são a partir de cana-de-açúcar, milho ou beterraba.

A unidade terá capacidade anual de 6,8 milhões de litros de etanol hidratado e 3 mil toneladas de lecitina.

"Esse projeto é mais uma iniciativa que a Caramuru empreende para agregar valor à sua produção. Paralelamente, o investimento abre novas oportunidades de negócios para o produtor do Mato Grosso", diz César Borges de Sousa, vice-presidente da Caramuru, empresa responsável pelo projeto.

O etanol hidratado, além de ser usado como combustível para veículos, na sua forma pura, é também matéria-prima industrial, largamente utilizada na fabricação de perfumes, materiais de limpeza, solventes e tintas. A lecitina de soja é aplicada em vários segmentos, como: chocolates, margarinas, sorvetes, biscoitos, pães e massas, produtos instantâneos, doces e molhos, além de ser utilizada na fabricação de produtos dietéticos, farmacêuticos e em cosméticos.

A ampliação do complexo industrial da Caramuru em Sorriso criará 60 novos empregos diretos e 200 indiretos para a região. Na unidade a empresa já produz: Farelo Hipro, Óleo e Proteína Concentrada de Soja (SPC), um produto com alto teor de proteína, acima de 60%, ambientalmente correto e substituto da farinha de peixe nas rações.

O SPC é integralmente exportado para a Europa pela "Saída Norte", através dos terminais em Itaituba, no Pará, e no Porto de Santana, no Amapá.

 

Todo o potencial da matéria-prima soja será aproveitado com alta eficiência energética na nova planta do complexo industrial, minimizando os impactos ambientais. Ao processar a soja, será produzido simultaneamente energia elétrica (cogeração), biodiesel e etanol hidratado.  O investimento na nova planta também está inserido em um processo de inovação disruptiva, permitindo a produção simultânea de SPC, Lecitina e Etanol.

Fonte: Canal Rural

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