Com uma diminuição total nas aplicações de defensivos, o agricultor reduziu em 8% o custo de produção
O produtor rural José Roberto Mortari cultiva 387 hectares de soja em Londrina, no norte do Paraná. Na safra passada, ele resolveu sair na frente em relação ao cuidado com a plantação e realizou as práticas do manejo integrado de pragas (MIP) em 75% do total da sua lavoura. O resultado foi uma redução considerável no número de aplicações de defensivos agrícolas, solo menos compactado, uma lavoura mais equilibrada e um incremento direto na rentabilidade. A redução no custo de produção foi de ao menos 8%.
“Nas safras passadas nós chegávamos a fazer três aplicações para controlar a lagarta. No ciclo 2016/2017 não precisou de nenhuma, isso é um alívio no custo de produção porque hoje a máquina que mais trabalha na lavoura e o pulverizador”, explica o produtor.
Nas contas de Mortari, casa pulverização para controle da lagarta na soja na região de Londrina (PR) custa cerca de R$ 85 por hectare. Com três aplicações a menos, foram economizados R$ 250 por hectare em todo o ciclo. Considerando a área do produtor colocada no MIP, de 290 hectares, isso significa que o produtor deixou de desembolsar R$ 72,5 mil para o custeio da lavoura.
De acordo com um levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), o custo total médio para produzir um hectare de soja no Paraná no ciclo passado fechou em torno de R$ 3,1 mil. Isso significa que, em termos de porcentagem, houve uma economia média de 8%, considerando a produtividade média do estado de 62 sacas por hectare. Mas o agricultor produziu 72 sacas por hectare, o que significa que o manejo integrado de pragas teve um impacto direto não só no número de aplicações, mas na própria rentabilidade.
Fonte: Canal Rural