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Veja as dicas dos analistas para aproveitar as altas no preço do boi gordo
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Publicado em 16/08/2017

Diante de tamanha oscilação nas cotações do boi gordo, alguns especialistas explicam como o pecuarista pode aproveitar essa onda de alta para se dar bem

O preço da arroba do boi gordo subiu nas últimas semanas. Apesar de a notícia ser positiva, os valores estão 20% menores na comparação com os que eram praticados no mesmo período do ano passado. Veja a orientação dos analistas para quem tem animal pronto para o abate.

A razão para as elevações recentes nas cotações do boi gordo, segundo analistas de mercado, é a menor oferta de animais prontos para o abate. Como os frigoríficos têm encontrado dificuldades na compra de novos lotes, o pecuarista que possui animal para oferecer, acaba conseguindo um preço melhor.

Naturalmente, no início da entressafra, há um processo que os pecuaristas são obrigados a ajustar o seu rebanho à capacidade de suporte das pastagens, que fica prejudicada com a intensificação do frio e com a redução das chuvas, afirma Ferraz. “Ao fazer isso, aumenta-se a oferta pressionando os preços para baixo. Passado este processo, como aconteceu agora em agosto, naturalmente há uma redução de oferta e isso tende a dar uma pequena correção de preços. Esta é a minha interpretação do que aconteceu”, explica Ferraz.

A média do indicador Esalq/BM&FBovespa registrou alta na última semana. Em São Paulo, a arroba tem sido cotada R$ 129. “São Paulo tem uma produção pequena de bovinos, até porque, efetivamente, as terras são bastante caras. Mas, tem o maior mercado consumidor do Brasil, tanto da região metropolitana como do interior do estado. É um estado que consome demais e consequentemente tem uma demanda maior. Efetivamente o animal abatido no estado tem menos custos logísticos e um preço melhor, diz o analista José Vicente Ferraz.

A melhora no cenário dá um respiro ao pecuarista que há meses vem sofrendo com os baixos preços praticados no mercado, mas ainda está longe do ideal. Para se ter ideia, a média de preço no mesmo período do ano passado, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), era de R$ 156. Para quem trabalha no setor é difícil saber se estas altas vão se manter.

“Quem acompanha o mercado sabe que ele é bastante explosivo, vai da euforia à depressão em uma velocidade muito grande. Vejo a oferta se manter mais o menos nesse patamar, enquanto a demanda, infelizmente, não tem grandes perspectivas de melhorar, porque embora as exportações venham caminhando razoavelmente bem, o fato é que o grosso do consumo vem do consumo interno e esse continua muito prejudicado pelo fato de poder aquisitivo do consumidor”, conta Ferraz.

 

Outros especialistas acreditam em estabilidade nos preços. Segundo Ari Lacorte, a demanda agora tende a superar a oferta por causa da seca e aí, a oferta de animais terminado cairá drasticamente. “Inclusive, neste último aumento de preço, na minha percepção, pode ser que marque a quebra de tendência de queda de preço e daqui até o final do ano nós vamos ter só alta, ou preço estável”, diz Lacorte.

Fonte: Canal Rural

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