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China ainda não retoma compras de soja dos Estados Unidos
Além de o mercado chinês estar bem abastecido, o Brasil deverá seguir como principal fornecedor
Publicado em 21/08/2025 07:55
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O Brasil deve manter sua posição como principal fornecedor de soja para a China, apesar da pausa de 90 dias nas tarifas de exportação entre os EUA e o país asiático. Analistas ouvidos destacam que a China está bem abastecida e que o produto brasileiro é mais competitivo devido à sazonalidade das exportações.

 

Leonardo Martini, analista da StoneX, afirma que, mesmo com a retirada da tarifa de 10% sobre as importações de soja dos EUA, o produto brasileiro ainda é mais barato para o mercado asiático. "O Brasil deve seguir firme nas exportações até dezembro, devido à safra recorde no país", diz.

 

William Osnato, diretor de inteligência de mercado da Barchart, concorda que a China está em uma posição confortável em relação às compras de soja internacionais. "Os estoques de soja da China estão no pico da temporada e a maior parte das compras para outubro já foi feita", pontua.

 

 

Os analistas alertam que, sem um acordo comercial, os EUA podem ter dificuldades para exportar soja para a China e que os preços podem responder negativamente na bolsa de Chicago. "Sem um acordo comercial, os EUA exportarão um pouco mais para outros parceiros, mas não o suficiente para compensar a perda de demanda da China", afirma Osnato.

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