Os preços do açúcar recuam nesta terça-feira (22), com o mercado internacional operando em campo negativo diante da avaliação dos avanços na colheita de cana no Brasil. O clima segue firme no país, sem previsão de chuvas para os próximos dias nas principais regiões produtoras do Centro-Sul, o que deve acelerar o ritmo da moagem. Assim, mesmo com os preços estabilizados na faixa de 16 cents de dólar por libra-peso em Nova Iorque, a perspectiva é que as usinas mantenham o foco na produção de açúcar, apesar das políticas brasileiras que incentivam a fabricação de etanol.
Na bolsa americana, o contrato para outubro/25 é negociado a 16.27 cents, queda de 0,61%, enquanto o março/26 é cotado a 16.94 cents, recuo de 0,53%. Em Londres, o cenário também é de perdas, com o contrato para outubro/25 negociado a US$ 472,80 por tonelada, baixa de 0,30%.
No mercado interno, os preços médios do açúcar cristal subiram no mercado spot de São Paulo na semana passada, segundo levantamentos do Cepea. Entre 14 e 18 de julho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180) foi de R$ 118,77 por saca de 50 kg, aumento de 2,11% em relação à semana anterior. De acordo com o Cepea, representantes de usinas mantiveram uma postura firme nos preços ofertados para o cristal de melhor qualidade (Icumsa até 180), reagindo às quedas anteriores que já vinham gerando preocupações com os custos de produção. Além disso, a oferta do cristal tipo Icumsa 150 segue limitada para pronta entrega, uma vez que grande parte da produção está comprometida com contratos de exportação.
Em relação aos etanóis, os preços continuaram em queda no mercado paulista na última semana. De 14 a 18 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,5239 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 1,1% frente à semana anterior. O etanol anidro também recuou: 1,33%, com o indicador em R$ 2,9204 por litro, valor líquido de impostos. Segundo o Cepea, o ritmo das negociações permanece lento, com distribuidoras adquirindo volumes menores na expectativa de condições mais favoráveis. O período de férias escolares também contribui para a redução da demanda, uma vez que há menor circulação de veículos.
Fonte:
Notícias Agrícolas