São necessárias 400 horas em temperatura abaixo de 7ºC para as parreiras.
Na safra deste ano foram colhidos 750 milhões de quilos de uva no RS.
Foi uma semana de encher os olhos. Temperaturas negativas e um amanhecer mais encantador que o outro.
Os parreirais em Caxias do Sul amanheceram cobertos de gelo. A alegria do agricultor tem motivo. As parreiras precisam de frio nessa época do ano. Ao todo são necessárias pelo menos 400 horas com temperatura abaixo de sete graus.
Até agora, de acordo com a Empresa de Assistência Técnica, a Emater, nem 30% do necessário foi atingido. Preocupação para a próxima safra. O risco maior é que as parreiras comecem a brotar antes do esperado. Nesse caso, se tiver geada eles morrem e aí os prejuízos podem ser enormes, assim como aconteceu na safra de 2016, quando a perda passou de 50% na produção de uvas da Serra Gaúcha.
Em uma propriedade da região foi registrada temperatura de 4 graus negativos nessa semana. Isso preocupa porque para as variedades precoces, se o tempo esquentar, a partir de agora a planta começa a brotação.
Como há risco de geada até o fim de setembro no Rio Grande do Sul. O agricultor teve que proteger a plantação. Chales Venturin foi um dos agricultores que perderam quase toda a produção em 2016. Agora gastou R$ 150 mil para cobrir as parreiras e instalar um sistema anti-geada.
"Ele simula um evento de chuva. A gente deixa ele ligado em torno de oito a 10 horas, durante a noite, quando a temperatura atinge por volta de 2 graus. A impressão é que está chovendo e a temperatura não fica abaixo dos 2 graus, então você não tem, a queima pela geada da brotação”, explica Charles Venturin, agricultor.
O ideal para os produtores de uvas da Serra Gaúcha é que o tempo permaneça frio, pelo menos até o fim de agosto. A próxima colheita começa no fim do ano, pouco antes do início do verão.
Na safra deste ano foram colhidos R$ 750 milhões de quilos de uva no Rio Grande do Sul.
Fonte: Canal Rural