Mesmo com o mês já avançado, os preços dos suínos seguem em alta no mercado físico. A proximidade do feriado de Corpus Christi estimulou a movimentação dos compradores, que anteciparam as negociações para reforçar os estoques, impulsionando as cotações ao longo da semana.
No entanto, a Scot Consultoria aponta que a expectativa é de que o ritmo de vendas desacelere nos próximos dias, com um mercado mais calmo após o fim de semana.
No mercado atacadista de São Paulo, a carcaça especial está cotada, em média, em R$12,80 por quilo, alta de 2,4% em sete dias. Nas granjas, o suíno terminado está cotado, em média, em R$165,00 por arroba, incremento de 3,1% no preço em igual comparação.
“No acumulado do mês, a alta foi de 7,1% nas granjas e 5,8% no atacado”, informou a Scot Consultoria. Além das antecipações no mercado interno, as vendas externas também contribuem para o cenário altista.
A exportação de carne suína in natura, até a segunda semana de junho, totalizou 51,7 mil toneladas. O volume médio diário, de 5,2 mil toneladas, está 10,3% maior que o embarcado por dia em junho do ano passado.
O Cepea destacou em seu boletim semanal que o avanço nos valores do vivo, por sua vez, está atrelado ao aquecimento na demanda, como geralmente verificado nas primeiras semanas do mês. “As temperaturas mais amenas desta época do ano, associadas às festividades sazonais, reforçam o aumento na procura pela proteína suína. Além disso, a oferta interna está mais enxuta”, informou o Cepea.
Na última quarta-feira (18), o Cepea divulgou seu levantamento de preços em que registrou na maioria avanços nas praças acompanhadas. O Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais ficou estável e precificado em R$ 8,43/kg.
No Paraná, o preço do animal teve alta de 0,49% e está precificado em R$ 8,13/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal registrou ganho de 0,25% e está precificado em R$ 8,15/kg.
Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 8,71/kg e com uma valorização de 0,35%. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou ganho de 0,74% e está cotado em R$ 8,12/kg.
O Cepea ainda reporta que o poder de compra do suinocultor paulista frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) tem avançado neste mês, acumulando sete semanas seguidas de aumento, apontam levantamentos do Cepea. De acordo com o Centro de Pesquisas, esse cenário é resultado das desvalorizações do milho e do farelo, além da alta nos preços do suíno vivo.
O Itaú BBA destacou que as margens da suinocultura continuam sólidas em maio e na primeira quinzena de junho, na casa dos 25%, o que equivale a um resultado de R$ 240 por animal terminado. Há um ano era de R$ 94/cabeça.
“Os custos da suinocultura caíram 3%, ao passo em que os preços do animal vivo avançaram 1%, e este patamar do spread se manteve na primeira metade de junho, com os custos e os preços caindo proporcionalmente, na ordem de 2%”, disse o Itaú BBA.
Fonte:
Notícias Agrícolas