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Tabaco movimenta US$ 660 milhões e gera 10 mil empregos no 1º trimestre, no RS
Publicado em 29/05/2025 08:15
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O tabaco voltou a ser protagonista da balança comercial do Rio Grande do Sul no primeiro trimestre de 2025. Segundo dados da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), divulgados nesta semana, o setor liderou as exportações do agronegócio gaúcho, com movimentação de US$ 660,3 milhões, crescimento de 7,9% na comparação com o mesmo período de 2024. Os dados fazem parte do relatório indicadores do agronegócio gaúcho do Rio Grande do Sul e reafirmam a relevância econômica da cultura, especialmente para os municípios produtores, que defendem o reconhecimento do papel estratégico da cadeia produtiva.

Conforme o balanço da SPGG, a indústria do tabaco responde hoje por 20,1% de tudo que o agronegócio gaúcho exporta, superando carnes, soja e cereais. “Este crescimento é puxado tanto pelo tabaco não-manufaturado, que somou US$ 602,8 milhões, quanto pelo produto processado, que teve alta expressiva de 43,1% nas vendas externas”, destaca o presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), Gilson Becker. Segundo ele, o desempenho apresentado no primeiro trimestre do ano consolida o tabaco como um dos pilares da economia do Rio Grande do Sul, gerando divisas e fortalecendo as economias locais.

Além da força nas exportações, o tabaco também é referência na geração de empregos formais. O processamento do tabaco e a fabricação de produtos foi, de longe, o setor que mais criou vagas no agronegócio no primeiro trimestre, com 10.383 postos de trabalho com carteira assinada, concentrados principalmente nas regiões produtoras, como os municípios do Vale do Rio Pardo. “O número, embora levemente inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, mantém o setor na liderança da geração de empregos no segmento da agroindústria gaúcha”, avalia Becker.

Para a Amprotabaco, entidade que representa os municípios produtores, os resultados apresentados pelo governo gaúcho reforçam o discurso que já é conhecido no campo, assim como nas áreas urbanas dos municípios produtores. Para a entidade, que atua na defesa da cadeia produtiva, a relevância do segmento precisa ecoar com mais força nos centros urbanos e nas instâncias de decisão, em todo o país. “Estamos falando de um setor que gera emprego, renda, desenvolvimento e que ainda é campeão de sustentabilidade no manejo agrícola”, defende o presidente, que também destaca o protagonismo do tabaco na diversificação econômica regional.

 

Ranking dos produtos mais exportados

(primeiro trimestre de 2025)

 

 

- Tabaco: US$ 660.301 milhões;

- Carnes: US$ 607.218 milhões;

- Cereais, farinhas e preparações: US$ 588.993 milhões;

- Soja: US$ 563.098 milhões;

- Produtos florestais: US$ 350.129 milhões;

- Máquinas e implementos agrícolas: US$ 93.187 milhões.

Fonte: AMPROTABACO
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