Nesta terça-feira (20), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para tratar da emergência zoossanitária causada pela gripe aviária.

Durante o encontro, o ministro destacou a robustez do sistema sanitário brasileiro, que tem sido fundamental para manter o país praticamente livre da doença.

“Esse vírus circula no mundo há anos. O Brasil só ficou tanto tempo sem casos graças a um sistema eficiente, que envolve os governos federal, estadual, municipal e o setor privado”, afirmou Fávaro.

Segundo ele, o Brasil é uma referência mundial em sanidade animal e vegetal e vem adotando medidas firmes para conter qualquer foco da doença.

Entre as propostas discutidas, o destaque foi a criação de um Fundo Nacional Sanitário, que terá como função:

• Indenizar produtores afetados por ações de controle sanitário;

• Unificar recursos de fundos estaduais e privados;

• Garantir a continuidade da produção, mesmo diante de focos de doenças.

O ministro explicou que, em situações como a da gripe aviária, ou até mesmo em lavouras como a da mandioca, plantas ou animais infectados precisam ser eliminados, o que gera prejuízo. O fundo é uma forma de dar suporte imediato ao produtor.

Outro ponto levantado foi a criação de um fundo para pagamento de horas extras a servidores públicos, essencial em momentos de crise, quando há:

• Abates emergenciais;

• Deslocamentos de animais entre frigoríficos;

• E necessidade de reforço na fiscalização e vigilância sanitária.

Fávaro também comparou o cenário brasileiro com o dos Estados Unidos.
“Enquanto um único foco nos EUA levou ao abate de até 1,95 milhão de aves, no Brasil, foram apenas 17 mil até o momento. Isso mostra a eficácia do nosso sistema”, pontuou.

‍⚕️‍⚕️ Para reforçar a estrutura, o ministério vai solicitar ainda hoje a nomeação de novos auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs), fortalecendo a linha de frente do sistema de defesa.