Fonte: Notícias Agrícolas | Por: Ronaldo Fernandes e Letícia Guimarães
O Brasil está investigando seis casos de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP), sendo dois em granjas comerciais — uma em Tocantins e outra em Santa Catarina — e quatro em aves de subsistência, nos estados de Sergipe, Ceará, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
O caso mais recente e preocupante foi confirmado na sexta-feira (16), em uma granja comercial no município de Montenegro (RS). Este é o primeiro registro oficial da doença em uma granja comercial no estado.
De acordo com o Ministério da Agricultura, vistorias e medidas de contenção estão sendo intensificadas. Na área de 10 km em torno da granja afetada, as ações seguem em ritmo acelerado:
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Na área perifocal (3 km), 29 das 30 propriedades já foram vistoriadas;
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Na área de vigilância (até 10 km), 238 das 510 propriedades passaram por inspeção até domingo (18).
️ Declaração do ministro Carlos Fávaro
Em entrevista à CNN na manhã desta segunda-feira (19), o ministro afirmou que, se nenhum novo caso for registrado nos próximos 28 dias, o Brasil poderá declarar-se livre da gripe aviária. Segundo ele, a gestão está sendo baseada em ciência, transparência e agilidade nas ações sanitárias.
Impacto nas exportações
Diversos países importadores de produtos avícolas brasileiros — como China, Japão e União Europeia — anunciaram suspensões nas compras, cada um adotando protocolos próprios.
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A China mantém embargo nacional neste momento, sem confirmação de flexibilização, ao contrário do que havia sido informado anteriormente.
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Já Japão e Arábia Saudita optaram por restrições regionais, limitando o embargo ao estado do Rio Grande do Sul.
️ O ministro destacou que, com a transparência nas investigações e ausência de ligações entre a granja afetada e outras regiões, é possível propor restrições localizadas e retomar gradualmente a confiança dos compradores internacionais.