Eletrobras vê menor descolamento de preços de energia no 2º semestre
A Eletrobras prevê um cenário mais equilibrado para os preços da energia de curto prazo entre as regiões do Brasil a partir do segundo semestre, o que deve reduzir o chamado "risco de submercado".
Segundo o VP financeiro Eduardo Haiama, a companhia fez "hedge" no início do ano devido a preços baixos causados por chuvas intensas. Em março, porém, a situação se inverteu no Sudeste, fazendo o preço spot (PLD) disparar — enquanto Norte e Nordeste mantiveram o preço no piso, graças à geração hidrelétrica e renovável.
Com isso, a Eletrobras teve um aumento de custos com compra de energia, totalizando R$ 1,56 bilhão no 1º trimestre, além de uma queda na receita de transmissão, resultando em prejuízo líquido de R$ 354 milhões.
Para os próximos meses, a companhia afirma que tem um volume relevante de energia descontratado e pretende ampliar operações no Norte e Nordeste, mesmo com a dificuldade de encontrar compradores fora do Sudeste.
“Entre junho e novembro, esperamos preços colados entre as regiões, o que favorece nossas operações no Norte”, disse o VP Rodrigo Limp.
Dividendos e investimentos
A Eletrobras já havia considerado o ingresso de recursos com a venda de usinas para a Âmbar ao aprovar a distribuição de R$ 1,8 bilhão em dividendos adicionais. O CEO Ivan Monteiro reforçou o compromisso com o retorno ao acionista, sem deixar de lado os investimentos em leilões e projetos futuros.