Agrolink - Leonardo Gottems
Segundo Roberto Carpi, Especialista em PCM, a escolha entre fertilizantes convencionais e de liberação controlada (CRF – Controlled Release Fertilizer) influencia diretamente a eficiência nutricional, os custos operacionais e a sustentabilidade agrícola. Enquanto os fertilizantes convencionais oferecem nutrientes de forma imediata, os CRFs garantem uma liberação gradual, reduzindo perdas e otimizando a absorção pelas plantas. Mas qual deles é o mais adequado para cada tipo de cultura?
Os fertilizantes convencionais são ideais para culturas de ciclo curto, como milho, feijão, trigo e hortaliças, que demandam absorção rápida de nutrientes. Seu baixo custo inicial e facilidade de aplicação são vantagens importantes. No entanto, apresentam desafios como maior risco de lixiviação e necessidade de reaplicações frequentes, principalmente em solos arenosos ou sob chuvas intensas. Isso pode resultar em desperdício e custos operacionais mais altos ao longo do ciclo da cultura.
Já os fertilizantes CRF são indicados para culturas de ciclo longo, como cana-de-açúcar, café, frutíferas e florestais. Sua tecnologia permite uma nutrição contínua e eficiente, reduzindo a necessidade de reaplicações e minimizando impactos ambientais. Apesar do custo inicial mais elevado, a maior eficiência na utilização dos nutrientes pode compensar esse investimento, tornando o CRF uma opção sustentável e economicamente viável para sistemas agrícolas de alta produtividade.
A decisão entre fertilizante convencional e CRF deve considerar o tipo de cultura, as condições do solo e os objetivos do produtor. Para quem busca maior eficiência e sustentabilidade, os CRFs são aliados valiosos na melhoria da produtividade com menor impacto ambiental.