Os preços do suíno vivo não param de cair. E mesmo nas regiões onde as bolsas optam pela estabilidade, a fragilidade dos negócios preocupa
Nova baixa de R$ 0,10 na referência. Com isso, os suinocultores estão recebendo, em média, R$ 3,46/kg no estado.
Em Santa Catarina, a bolsa permaneceu estável em R$ 3,10/kg, mas nem por isso a situação é mais confortável. “O mercado está abalado com a indefinição política e sem previsão sobre o que pode ocorrer neste semestre. Hoje o país está com quase 14 milhões de desempregados, fator que interfere no consumo interno”, diz Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).
As quedas, porém, não são exclusividade do mercado independente. Na integração Aurora, Pamplona e BRF informação reduziram o preço do suíno vivo pela segunda semana consecutiva, deixando a remuneração em R$ 3,00/kg.
A fragilidade das negociações está associada ao fraco desempenho das vendas no mercado interno. No varejo, a competição com outras proteínas tem reduzido o volume de vendas de carne suína. Conforme demonstrou preocupação, Lorenzi, afirma que os brasileiros deverão consumir menos carne suína em 2017 por optarem pela carne de frango, que está com preços mais atrativos aos consumidores.
Exportações
Ao menos o setor tem uma notícia para comemorar. As exportações de carne suína 'in natura' se recuperaram na quarta semana do mês. Os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, apontaram um crescimento de 25% no volume embarcado, se comparado ao mesmo período do mês passado.
Até a quarta semana de junho [16 dias úteis] as exportações totalizaram 38,2 mil toneladas, com média diária de 2,4 mil. Esse resultado representa avanço de 25,7% frente maio e, queda de 1,6% em relação mesmo período de 2016. E embora ainda os números mostrem recuo frente ao ano passada, é importante ressaltar a redução significativa neste percentual.
Em receita os dados são ainda mais positivos. Com saldo de US$ 101,8 milhões, as vendas externas neste mês ficaram 24% acima de maio/17 e 23% frente ao ano passado.
Fonte: Portal do Agronegocio