O novo procedimento para lançamento de atestado de vacinação contra brucelose já está disponível em Goiás. Desde 1º de outubro, o médico veterinário que realiza vacinação contra brucelose em Goiás precisa efetuar o lançamento do atestado de vacinação diretamente no Sistema de Defesa Agropecuário de Goiás (Sidago). A medida foi implementada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e faz parte das ações do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PECEBT).
Até setembro deste ano, o atestado podia ser entregue, presencialmente, em uma das Unidades Operacionais Locais da Agrodefesa (UOLs). Com a mudança, tudo será feito de forma on-line no Sidago. Para a realização do procedimento eletrônico, os médicos veterinários precisam ser cadastrados na Agrodefesa e deverão lançar o atestado de vacinação no Sistema em até 30 dias após a emissão da nota fiscal de compra das vacinas - emitida em nome do produtor e lançada no Sidago pela revenda.
Para evitar possíveis dúvidas e transtornos, e até permitir melhor entendimento sobre o novo procedimento, a Agência vai adotar um período de 30 dias de transição e orientação. Ou seja, durante o mês de outubro ainda será aceita a entrega de atestados físicos nas UOLs da Agrodefesa e os lançamentos poderão ser realizados tanto pelos médicos veterinários cadastrados no programa quanto pelos servidores da Agência, em caráter de adaptação.
A partir de 1º de novembro, o serviço será exclusivo aos médicos veterinários e inteiramente on-line, seguindo os seguintes passos dentro do Sidago: “Defesa Animal > Cadastro > Vacinação – Brucelose”, consolidando o novo procedimento digital. A Agrodefesa orienta ainda que os dados dos animais registrados, cuja marcação na face é facultativa, também deverão ser incluídos no sistema eletrônico, com informações como raça e número de registro nas respectivas associações.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, explica que toda essa digitalização do serviço faz parte de esforços contínuos da Agência em modernizar processos e reduzir a prevalência da brucelose no Estado. “O uso do Sidago para o lançamento dos atestados permitirá maior agilidade no envio das informações, controle mais eficiente do processo de imunização em Goiás e, por consequência, na melhoria nos índices de vacinação no Estado. Dessa forma, teremos como identificar casos de inadimplência em relação à vacinação contra a brucelose e planejar ações para promover a regularização vacinal em Goiás”, enfatiza.
“Esse avanço reforça o compromisso da Agrodefesa com a sanidade do rebanho goiano e a modernização dos processos de fiscalização e controle. A Agência conta com a colaboração dos profissionais envolvidos para garantir uma transição eficiente, reforçando a importância da comunicação e do diálogo durante esse período de adaptação”, reforça a gerente de Sanidade Animal, Denise Toledo.
Estratégias adotadas
Além dessa novidade, a Agrodefesa tem buscado adotar ações e procedimentos para reduzir a prevalência da brucelose em Goiás. Em agosto deste ano, por meio da Instrução Normativa nº 05, a Agência determinou a obrigatoriedade do cadastro no Sidago de médicos veterinários, responsáveis pela vacinação contra a brucelose.
O cadastramento é condição obrigatória para profissionais cadastrados no Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose e no Programa Estadual de Sanidade de Equídeos, bem como para profissionais que atuam na execução de atividades como emissão de GTAs de granjas de aves e ovos férteis ou de suínos, RTs de eventos pecuários e de estabelecimentos com Serviço de Inspeção Oficial. Também é obrigatório para profissionais cadastrados para emissão de GTR ou habilitados para emissão de GTS.
Para concessão do cadastramento, o médico veterinário interessado precisa acessar o Sidago e solicitar o primeiro acesso no endereço sidago.agrodefesa.go.gov.br. Outra mudança implantada é que o cadastramento pode ser realizado com login através do Gov.br. “Essa integração do Sidago com o Gov.br também é um ganho muito importante para a defesa agropecuária do Estado. É uma cooperação importante realizada entre Agrodefesa e Governo Federal, prezando ainda mais pela segurança dos dados dos usuários e pela unificação de serviços, contribuindo também para o combate a fraudes e à corrupção”, reforça o presidente José Ricardo.
Outras medidas de combate à brucelose fazem parte também das metas estabelecidas pelas entidades que integram a Comissão Estadual de Combate à Brucelose e Tuberculose em Goiás. O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira, explica que uma delas foi a alteração na declaração de rebanho. “A estratificação dos animais por mês de nascimento, de zero a 12 meses, no sistema informatizado permite a identificação no monitoramento da vacinação que deve ocorrer nas fêmeas de três até oito meses com a vacina B19, bem como aponta aquelas fêmeas que ultrapassaram os 8 meses e precisarão da RB51”, completa.
fonte: notícias agrícolas