Os preços da soja caem forte na Bolsa de Chicago no início da tarde desta quinta-feira (22), com baixas de 17 a 18,25 pontos que se apresentavam por volta de 12h20 (horário de Brasília). Assim, o novembro voltava aos US$ 9,63 e o março aos US$ 9,97 por bushel. O mercado da soja acompanha o do trigo, que recuava também quase 2%, bem como do farelo - com queda de 1,8% - e do óleo, que cede mais de 0,8%.
"A soja devolve grande parte dos ganhos da semana, com os resultados do Pro Farmer mostrando altos índices de produtividade nos EUA", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. De outro lado, as vendas semanais para exportação positivas mais uma vez e novos anúncios informados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta de vendas de soja, farelo e milho ajudam no equilíbrio do mercado, apesar das baixas do pregão de hoje.
O mercado da soja também sente os reflexos das preocupações do mercado com as paralisações das duas principais ferroviads do Canadá, o que poderia prejudicar não só os embarques de grãos canadenses, mas também os norte-americanos.
"9 mil trabalhadores da Canadian National Railway e da Canadian Pacific Kansas City podem desencadear uma paralisação ferroviária, que deve causar fortes prejuísos às exportações de grãos da América do Norte", informa a Agrinvest Commodities. "As redes das duas operadoras ferroviárias canadenses se conectam a vários centros ferroviários e de transporte importantes dos EUA, como Chicafo, Nova Orleans, Minneapolis e Memphis. E a rede da CPKC também se estende mais ao sul, conectando-se com portos nas costas leste e oeste do México", complementa a consultoria.
O dólar subindo forte no Brasil, voltando a superar os R$ 5,50, também pressiona as cotações.
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