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Bom ou ruim? Veja análises sobre o novo Plano Safra e dê sua opinião
08/06/2017 09:53 em Notícia

O economista Antônio da Luz e o comentarista do Canal Rural Benedito Rosa analisam os principais pontos do Plano Agrícola e Pecuário da safra 2017/2018. Diga o que você achou do programa respondendo nossa enquete

Foi lançado nesta quarta-feira, dia 7, em Brasília, o novo Plano Safra. Ao todo, R$ 190,25 bilhões destinados ao Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018. O governo também reduziu os juros das operações. 

As alterações foram profundamente discutidas no programa Mercado & Companhia, que recebeu analistas. 

Veja as principais análises: 

Seguro rural

Para o seguro rural, o governo destinou R$ 550 milhões

 R$ 550 milhões é um valor muito baixo, se comparado ao ano passado, quando foram R$ 800 milhões. Teria que ser a principal política do governo, mas não é. O valor destinado ao seguro agrícola me parece muito baixo e ainda com taxas de juros elevadas

Antônio da Luz - economista Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul

 

Volume de recursos

São R$ 190,25 bilhões destinados ao Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, por meio do qual médios e grandes produtores poderão acessar o crédito rural, entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2018. O governo federal também reduziu, entre um e dois pontos percentuais, os juros das operações

 Não basta o tamanho do volume, o que interessa é o caminho que os produtores vão acessar. Sabemos que os depósitos em poupança e à vista, que são usados no crédito rural, caíram. Se o banco não tiver dinheiro, terá que deixar o acesso mais rigoroso

Antônio da Luz - economista Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul

 

Taxa de juros

Quanto aos juros, houve redução de um ponto percentual ao ano nas linhas de custeio e de investimento e, de dois pontos percentuais ao ano nos programas prioritários voltados à armazenagem (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns/PCA – 6,5% ao ano) e à inovação tecnológica na agricultura (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária/Inovagro – 6,5% ao ano).

 Haverá um aumento no juro real para o produtor que tomar o custeio, o que levará o produtor a procurar alternativas, como em tradings, que cobram caro. Vai ficar mais difícil do que no ano passado

Benedito Rosa - comentarista do Canal Rural

 

Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA)

No custeio, os juros caíram de 8,5% e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5% ao ano. O mesmo aconteceu para os programas de investimento, à exceção do PCA e Inovagro, nos quais a taxa foi fixada em 6,5% ao ano.

 Essa linha foi pouco tomada no ano passado, por conta de juros alto, e um sentimento dos produtores de que a economia estava ruim. Agora, com essa queda de 2 pontos percentuais na taxa de juros, é bem provável que esse programa deslanche.

Antônio da Luz - economista Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul

 

 

 

Fonte: Canal Rural

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