A onda de crimes a propriedades agrícolas em Goiás não tem fim. Desta vez, ladrões invadiram uma fazenda no município de Cabeceiras e roubaram mais de 20 toneladas de soja que estavam estocadas em silo-bolsas. O proprietário se mostrou bastante triste com o incidente, ressaltando que além de não conseguir negociar a safra por conta dos baixos preços pagos pela oleaginosa, ainda precisa arcar com este prejuízo.
Todo o ano o produtor Vilson Baron, de Cabeceiras, em Goiás colhe a soja e estoca parte da produção em silos-bolsa, posicionada próximas a sede da fazenda. Neste ano, com uma produção maior e uma comercialização estagnada a solução encontrada foi comprar mais silos-bolsa e colocá-la em uma área estratégica da fazenda, a 2 quilômetros da sede, facilitando a logística de venda. “A ideia era deixar a soja mais próxima do local onde entregamos os grãos e economizaríamos com a logística. Mas, agora percebemos que isso não poderá se repetir”, conta o proprietário.
O crime aconteceu no dia 26, conta Baron, mas o caso só foi descoberto, dias depois quando os funcionários voltaram a trabalhar. Segundo Baron após rasgar o silo, feito de lona, os ladrões provavelmente usaram baldes para carregar as 20 toneladas em um caminhão. “Ao lado do silo percebemos rastros de pneu de caminhão e muitas pegadas, mostrando que o trabalho foi intenso”, relatou Baron.
O sojicultor ainda reclamou que mal consegue vender seu estoque, estimado em pouco mais de 900 toneladas do produtor e agora teve este prejuízo. “Parece que quando a coisa vai mal, tudo vem para piorar. O prejuízo não é grande, algo em torno de R$ 20 mil, mas sem conseguir vender mais a situação preocupa”, contou Baron que negociou apenas 30% do que colheu.
No detalhe, o rastro deixado pelo caminhão usado no furto
Segundo o Sindicato Rural da cidade, neste último ano os crimes aumentaram bastante, mas a policia tem colaborado para evitar ainda mais prejuízos. “Temos uma parceria com a polícia. Um canal direto com eles, isso evita muitos problemas. Mas este ano a coisa está bem ruim”, afirma Joaquim Cardozo, vice-presidente financeiro do sindicato. “Nunca vimos algo parecido por aqui, esta é a primeira vez que roubam um silo-bolsa.”
Fonte: Canal Rural