As sementes estarão disponíveis para uso comercial na próxima safra. Por enquanto, elas já podem ser adquiridas junto à Fundação Bahia em Luis Eduardo Magalhães.
Produtores do Cerrado terão acesso a três novas cultivares de algodão transgênico na próxima safra. Elas foram apresentadas nesta quarta, dia 31, durante a Bahia Farm Show, e são indicadas para cultivo no Centro-Oeste do país e prometem ser resistentes a lagartas.
Uma das cultivares, a BRS-430, tem como característica o ciclo curto com maturação rápida, sendo indicada para meio ou fechamento de plantio da primeira ou segunda safra. A variedade tem potencial para produzir até 400 arrobas de algodão em caroço por hectare e apresenta boa resistência a doenças e qualidade de fibra superior, como avaliou o pesquisador do Programa de Melhoramento do Algodão da Embrapa Camilo Helenaldo. “Nós temos uma biotecnologia inserida nessa variedade e ela faz com que esses materiais sejam mais resistentes à lagarta. Com isso, o produtor utiliza menos inseticidas no controle dessas pragas e, além disso, é possível aplicar o glifosato sem causar danos, pois a variedade é mais tolerante ao produto”, disse.
Outra cultivar apresentada foi a BRS-432, com ciclo de maturação prolongado. É indicada para a abertura de plantio, e também é resistente às lagartas e ao glifosato. “Ela é indicada da segunda quinzena de novembro até a primeira quinzena de dezembro. Apresenta o porte um pouco mais elevado do que a variedade 430, mas não necessita de reguladores de crescimento e é fácil de ser manejada”, disse Camilo Helenaldo.
Já a terceira variedade, a BRS-433, é a primeira cultivar de fibra longa transgênica indicada para plantio no Cerrado. O comprimento das fibras varia entre 32 e 34 milímetros, características que atendem à indústria têxtil na fabricação de tecidos finos. Ela tem potencial para produzir 370 arrobas de algodão em caroço por hectare, pois apresenta ciclo de maturação longo e é indicada para plantio em Minas Gerais.
“A possibilidade desta cultivar ser plantada no Cerrado mineiro se dá pela resistência que ela apresenta a doenças como doença azul e mancha angular. Nós acreditamos que esse tipo de fibra vai atender perfeitamente a demanda da indústria têxtil nacional”, falou o pesquisador da Fundação Bahia Murilo Barros Pedrosa.As sementes estarão disponíveis para uso comercial na próxima safra. Por enquanto, já podem ser adquiridas junto à Fundação Bahia em Luis Eduardo Magalhães.
Fonte: Canal Rural