A situação na fronteira oeste com o Rio Grande do Sul é dramática após cheias no rio Uruguai e em outros cursos d’água da região de Corrientes
A cidade de Santo Tomé, província de Corrientes, na argentina, divisa com o oeste do Rio Grande do Sul, vive uma situação dramática. As fortes chuvas na região já deixaram mais de dois milhões de hectares debaixo d’água. Em entrevista ao Jornal da Pecuária, o médico veterinário e pecuarista Marco Félix Grisseti contou como está a situação na região após o governo argentino estimar que pelo menos 50 mil cabeças de gado morreram após a intempérie climática. Segundo ele, a situação na região é delicada.
“Vivemos uma situação crítica, pois os números preliminares são preocupantes e, ao que parece, a situação é muito mais grave. Houve o transbordamento do rio Uruguai e de alguns rios que passam pelo estado de Corrientes, provocando inundações e prejudicando o acesso às fazendas”, disse.
De acordo com o veterinário, as chuvas de 2017 estão entre as mais fortes já registradas na região. “Choveu muito mais neste ano do que nos anos anteriores. Já tivemos episódios com até 1.600 milímetros de chuva, mas o que agravou a situação foi o fato de que choveu em apenas dois meses a mesma quantidade de chuva esperada para um ano todo.”
O governo argentino estima que 50 mil cabeças de gado tenham morrido por causa das enchentes, mas esse número pode aumentar por causa das chuvas que não param na região e da expectativa de um inverno rigoroso que se aproxima. “Teremos uma perda de pelo menos 50% na produção e a agricultura também será prejudicada”, contou.
Fonte: Canal Rural