Colheitadeiras enviam mensagem ao celular do produtor rural em caso de problemas e tratores possuem câmbio automático.
Surpreender o produtor rural com o que há de mais tecnológico para facilitar o dia a dia no campo é o objetivo de 420 expositores na Agrishow, feira de tecnologia agrícola em Ribeirão Preto (SP). As soluções para diferentes cultivos de lavouras impressionam, mas são mesmo as máquinas gigantes que atraem o público, desde agricultores de longa data a quem simplesmente não entende nada de agronegócio.
A colheitadeira S690, da John Deere, é usada em lavouras de soja e grãos. Possui alguns diferenciais ao ser comparada com outros equipamentos para a mesma função. A tecnologia integrada à máquina permite que ela interaja com o operador a cada metro percorrido. Na busca por um ajuste para que seu desempenho seja o melhor possível, a própria colheitadeira informa pelo monitor na cabine como estão suas funções e questiona se seu usuário quer que algo seja alterado.
Ela também disponibiliza no monitor um sistema de mapeamento. Por meio dele, o operador pode verificar onde foi colhido mais material e pode verificar em quais áreas do campo ainda restam grãos para serem retirados. A manutenção do maquinário também traz uma inovação ao informar o dono da colheitadeira por mensagens de celular se há algum problema como superaquecimento ou baixa pressão de óleo.
O concessionário que realiza o suporte técnico também pode fazer diagnósticos à distância, caso a máquina apresente problema. Mesmo a quilômetros da colheitadeira, os mecânicos não precisam se deslocar ou conectar um notebook na máquina, já que as informações chegam por rede sem fio. O preço médio da S690 é de R$ 1,7 milhão.
A colhedora Axial-Flow 9230, da Case IH, foca a entrega de grãos sem conter qualquer tipo de dano ao final da colheita. Segundo a própria empresa, o novo maquinário é apropriado para colher qualquer tipo de grão, embora tenha uma eficácia maior nos cultivos de feijão, que não pode apresentar danos por serem extremamente visíveis, uma vez que chegam à mesa do consumidor.
O maquinário apresenta mais capacidade devido a um sistema de motorização de maior potência. Há novidades no sistema de rotor, responsável por fazer todo o processamento de separação do grão e da planta em si. Apesar de não revelar quais melhorias exatas foram feitas no sistema batizado de axial, que movimenta o fluxo da colheita na diagonal, os engenheiros da empresa garantem que ele ganhou mais performance na quantidade de grãos colhidos por minuto.
Com um sistema de acionamento Power Plus CVT (Transmissão Continuamente Variável), ao invés de correias, ela tem mais eficiência na transferência da potência de um sistema mecânico com a conveniência do controle hidráulico variável. A Case IH não revela o valor da Axial-Flow 9230.
A Stara expõe na Agrishow um autopropelido, máquina que reúne um pulverizador com barras centrais, além de um distribuidor, sendo capaz de realizar duas funções em momentos distintos. Com isso, o maquinário, batizado de Imperador 3.0, é capaz de combater insetos e outras pragas com o pulverizador e passar a distribuir adubo com o toque de um botão.
A máquina também conta com uma base de 30 metros de comprimento. Com apenas um comando, ela pode aumentar o vão livre abaixo de si em até 40 centímetros. O objetivo dos criadores do equipamento é permitir que a máquina seja capaz de passar por cima mesmo de plantas mais altas sem danificá-las.
Com isso, a altura do espaço passa de 1,43m para 1,83m em poucos segundos, o que possibilita a aplicação tardia de fertilizantes e defensivos. O Imperador 3.0 tem um preço médio de R$ 900 mil.
A mais nova aposta entre tratores da Massey Fergusson é o MF 6713. Já premiado por publicações especializadas, o trator conta com um sistema de transmissão mais simples e que não necessita que o usuário utilize algum tipo de pedal durante a troca de marchas.
Batizado como câmbio robotizado, a mudança de marchas é realizada por meio de um botão localizado na própria alavanca. Segundo a empresa, a alteração foi feita para evitar a fadiga do operador ao utilizar o pedal dezenas de vezes por horas e também tem o objetivo de otimizar o tempo do profissional no manejo do maquinário.
Aliado a isso, todas as alavancas que ficam dentro da cabine foram reposicionadas com o mesmo objetivo de aumentar o rendimento e evitar que o operador fique procurando os comandos. Segundo a Massey Fergusson, o MF 6713 chega ao mercado pelo valor médio de R$ 170 mil.
A colheitadeira CR10.90, da New Holland, retorna à Agrishow com a conquista de um recorde mundial registrado no Guiness Book, o livro dos recordes. A supermáquina conseguiu colher um total de 797.656 toneladas de trigo durante trabalho ininterrupto por oito horas na Inglaterra.
Produzida na Bélgica, a colheitadeira tem preço médio de R$ 2 milhões e só pode ser adquirida por meio de pedidos enviados diretamente à empresa. Contendo um tanque graneleiro de 14,5 litros e dois rotores de 22 polegadas, os expositores afirmam que ela não tem competidores quando se trata de velocidade e desempenho.
Apesar de ser a detentora do recorde mundial para colheita de trigo, a CR10.90 é apropriada para qualquer tipo de cultura e já conta com uma cabine com ar-condicionado e piloto automático. O design do espaço reservado para o operador também foi criado de uma maneira que permita ao usuário ter mais liberdade para checar outros aspectos enquanto a máquina age de maneira autônoma.
Fonte: G1
