UNIAGRO
O que servir na seca para o gado
Notícia
Publicado em 04/05/2017

Especialista indica sal proteinado para reforçar nutrientes perdidos em períodos de temperaturas baixas para que o rebanho não tenha perda de peso e nutrientes necessários para uma boa saúde

Terminado o período de chuvas e com o início da estiagem na maioria dos estados brasileiros, caracterizada por seca, o produtor rural, na tentativa de manter o mesmo desempenho do animal durante todo o ano, incentiva o consumo maior de sal mineral pelo rebanho. Porém algumas pesquisas indicam que nesse período não há deficiência de sal no solo, tanto que não faz diferença o produtor utilizar o sal mineral ou o branco em período de seca. José Carlos Ribeiro, consultor agropecuário da Boi Saúde – Pecuária Inteligente, indica que nessa época, é necessário oferecer o sal proteinado, porque realmente o animal tem uma deficiência muito grande de proteína e energia, em temperaturas baixas.

“Oferecer um preparado com boas taxas de proteína faz com que o gado não perca peso, o que impede a perda de vitaminas, fraqueza, entre outras doenças desenvolvidas a partir de parasitas internos, que podem afetar diretamente a produção final e causar grande impacto negativo em todo o processo de trabalho, além de afetar o lucro”, explica Ribeiro.

O sal proteinado nada mais é que um suplemento enriquecido com proteínas, que além desse macronutriente, oferece minerais complementares para manter ou repor a deficiência no organismo do animal como: cálcio, ferro, zinco, fósforo, vitaminas A e E, entre outros. A deficiência mineral causa um quadro de sintomas gerais no gado, que afeta diretamente o dia a dia do animal. 

Confira sintomas que devem ser observados pelo produtor que são comuns em período de seca e podem ser evitados a partir do uso do sal proteinado: 

Apetite depravado - Os animais comem terra, pano e plástico; roem e ingerem ossos, madeira e casca de árvores; lambem uns aos outros; apresentam avidez por sal de cozinha. Ribeiro complementa indicando que a ingestão de materiais não destinados ao consumo animal próprio, podem trazer sérios riscos à saúde e até causar a morte, dependendo do corpo estranho ingerido. 

Redução do apetite, com aspecto fraco ou doentio - Mesmo em pastagens com plena consumo, mostrando o ventre sempre vazio (afundado). Os animais ficam magros, com dorso arqueado, pelos arrepiados e sem brilho, lesões na pele e dificuldade de locomoção “Nesse tópico, ressalto a inserção do sal proteinado ao animal, que se manterá saudável e com peso em dia, devido a reposição suplementar”, indica o consultor que tem 15 anos de atuação na agropecuária. 

Anomalias dos ossos e Fraturas espontâneas - Os ossos longos se tornam curvos e as extremidades dilatadas.Freqüentemente, ocorrem quebraduras ósseas, sobretudo quando os animais são manejados, evidenciando fraqueza do esqueleto. José Carlos informa que o suplemento indicado possui alto índice de cálcio, que repõe esse componente e, consequentemente, fortifica os ossos”, explica.

Baixos crescimento, produtividade e fertilidade - O crescimento dos animais jovens é retardado, o ganho de peso é baixo ou negativo (perda de peso) e a produção leiteira é prejudicada. Rebanhos com carência mineral apresentam uma reduzida fertilidade das vacas, em face da ocorrência de cios irregulares ou ausentes, abortos e retenção placentária, resultando em baixa produção de bezerros. “Com todos os sais e vitaminas supridos pelo sal na falta de apetite e até nutrientes do pasto, é possível se manter uma linha de crescimentos dos bezerros e reprodução, que não afetará o planejamento da propriedade”, finaliza José Carlos Ribeiro.

 

Fonte: Portal do agronegocio

Comentários
Comentário enviado com sucesso!