Após ampla oscilação, os futuros do açúcar fecharam esta sexta-feira (10) próximos da estabilidade em Nova York, mas com leve queda em Londres. O mercado acompanhou durante os últimos dias os dados sobre a safra do Brasil e financeiro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 0,05%, a 21,16 cents/lb, com máxima em 21,22 cents/lb e mínima de 20,66 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 0,41% no dia, a US$ 589,90 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento no terminal norte-americano subiu 1,39%.
Após registrar alta na véspera, o mercado do açúcar nas bolsas externas iniciou a sessão desta sexta-feira no vermelho. Durante o dia, porém, as perdas foram sendo reduzidas e Nova York inclusive registrou leve valorização.
Permearam as negociações nesta semana as informações sobre as origens produtoras. De um lado, os operadores acompanham as informações positivas sobre a safra 2023/24 do Centro-Sul do país. Porém, há atenção para as origens asiáticas.
A Datagro, por exemplo, estimou nesta semana que a nova safra de cana-de-açúcar do Brasil deve saltar 6,9%, para 590 milhões de toneladas. As usinas devem destinar a maior parte da matéria-prima para a produção do adoçante, já que os preços estão positivos.
O mercado também monitora os dados quinzenais da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) reportados hoje, mas sem muito reflexo sobre os preços, já que o Centro-Sul do país está em entressafra. A produção de açúcar na segunda quinzena de fevereiro totalizou apenas 381 toneladas no Centro-Sul.
O site internacional Barchart também destacou que o Centro de Previsão do Clima dos EUA disse hoje que o padrão climático La Niña, que afetou os padrões climáticos nos últimos três anos, terminou e que um El Nino tem 61% de chance de se desenvolver no segundo semestre deste ano.
No financeiro, o mercado sentiu pressão da forte valorização do dólar sobre o real, o que tende a encorajar as exportações, mas pesa sobre os preços. O petróleo também operava no vermelho e contribuía com as perdas, mas virou durante a tarde.
MERCADO INTERNO
O mercado interno do açúcar tem trabalhado sem direcionamento claro nos últimos dias, mas registra movimentos de baixa mesmo com a entressafra. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 131,47 a saca de 50 kg e alta de 0,44%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 143,87 a saca – estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,14 c/lb e valorização de 1,29%.
Fonte: Notícias Agrícolas