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Algodão: Nutrição equilibrada para altas produtividades
Notícia
Publicado em 22/08/2022

Diante do cenário atual, dólar elevado, redução da produção norte-americana e a antecipação da demanda do mercado consumidor asiático contribuíram para a valorização da pluma e que o Brasil atingisse recorde de exportação. Aliado a isso, as estimativas demonstram aumento da produção de pluma nacional, em torno de 2,71 milhões de toneladas, ou seja, uma alta de 15,8 % em relação a safra anterior (CONAB, 2021). Entretanto, para se manterem exportadores regulares no mercado internacional, os produtores brasileiros devem fazer uso de produtos e tecnologias que proporcionam altas produtividades e que reduzem perdas em condições adversas. Visto que já houve a comercialização antecipada de, aproximadamente, 34% da safra 2021/2022, segundo os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2021).

Diversos fatores influenciam diretamente e indiretamente no ciclo da planta de algodão. O melhoramento genético foi essencial para o crescimento da cotonocultura brasileira, possibilitando a seu cultivo em diversas regiões do país e favorecendo o aumento do potencial produtivo da cultura. Todavia, a demanda nutricional da planta se torna uma peça fundamental para o alcance deste patamar produtivo e, além disso, não apenas o fornecimento dos nutrientes exigido pelo algodão, como também o equilíbrio entre aqueles presentes no sistema solo.
Sabe-se que o solo é um sistema trifásico e dinâmico, ou seja, composto pelas fases sólida (partículas minerais e orgânicas), líquida (água) e gasosa (gases). À medida que ocorre esse dinamismo, seja pelo processo natural de infiltração da água das chuvas ou pela evapotranspiração, os nutrientes presentes no solo podem se tornar indisponíveis para a absorção vegetal, devido as perdas por lixiviação, transformações químicas ou fixação aos colóides.

A cultura do algodão requer solos com alta disponibilidade de nutrientes para o suprimento em todo o seu ciclo. Práticas conservacionistas, tais como plantio direto, rotação de culturas, cobertura verde, colaboram para o incremento da matéria orgânica e, consequentemente, a ciclagem de nutrientes. Além disso, o sistema radicular do algodoeiro é pouco agressivo e possui baixa tolerância a compactação do solo.
Visto que ocorre intenso tráfego de máquinas agrícolas nesta cultura, estes solos estão susceptíveis ao processo de compactação, resultando na redução do espaço poroso. Entretanto, a adição de matéria orgânica favorece maior agregação das partículas sólidas, conferindo ao solo maior resistência à deformação por pressões externas. Ademais, a manutenção e o aumento dos teores de matéria orgânica do solo maximizam eficiência dos adubos e corretivos, invés disso, serão necessárias adubações mais elevadas para compensar o menor suprimento via reciclagem de nutrientes.

Ao contrário do que muitos pensam, a cultura do algodão não exaura com os nutrientes do solo. A quantidade de nutrientes exportados pela fibra e caroços não é elevada, quando comparadas com outras culturas de importância econômica. Por exemplo, a quantidade de fósforo exportada pelo algodão, considerando uma produtividade de 300 @/ha de algodão em caroço é igual a 33 kg/ha de P2O5, enquanto que a quantidade de fósforo exportada pela soja, considerando uma produtividade de 60 sc/ha de soja é igual a 36 kg/ha de P2O5 (FACUAL, 2006).
Quanto a eficiência da adubação fosfatada e do aproveitamento deste nutriente no solo, vale ressaltar que o seu manejo está sujeito a uma série de fatores, inclusive a condição de acidez. Devido a complexidade de sua disponibilidade às plantas, com o fósforo deve-se seguir a  o investimento da fertilização de acordo com a recomendação definida.

Já o potássio é o segundo nutriente mais absorvido pela cultura do algodoeiro, perdendo apenas para o nitrogênio. Estima-se que para alcançar a produtividade de 233 @/ha são necessários 157 kg/ha de K2O, sendo que serão exportados 34 kg/ha de K2O atraves da fibra e caroços. No manejo da adubação potássica, recomenda-se de maneira geral, em solos de textura arenosa, o parcelamento da aplicação, optando-se pela aplicação de parte na semeadura e o restante em cobertura em uma ou mais aplicações, até 60 dias após a emergência.
Para solos de textura argilosa, é permitida a aplicação de parte da adubação em pré-semeadura, pois a capacidade de retenção deste nutriente na superfície dos colóides do solo reduzem as perdas por lixiviação. Deve-se respeitar a quantidade máxima de 40-50 kg/ha de K2O na linha de semeadura, pois estudos indicam que valores superiores a estes ocorre danos na radícula da plântula, devido ao efeito salino do cloreto de potássio.

O nitrogênio é considerado o nutriente mais importante para o algodão, não somente pelo fato de ser absorvido em maior quantidade pela cultura, mas também por obter ganhos consideráveis em produtividade na adição de fertilizantes nitrogenados. Analisando a extração e exportação do nitrogênio pelo algodão, estima-se que para obtenção de uma produtividade de 3.500 kg/ha, são necessários 209 kg/ha de nitrogênio, sendo que 80 kg/ha, ou seja, 38% foram exportados a partir da fibra e dos caroços. Diante da sua alta mobilidade no solo, o nitrogenio está susceptivel a perdas por lixiviação, como também por volatilização, quando aplicado como ureia em cobertura sem incorporação. O manejo da adubação nitrogenada está relacionada a alguns fatores do solo, tais como a textura, matéria orgânica, compactação, correção do perfil do solo e histórico a área. Vale lembrar que em solos com fertilidade corrigida de nitrogênio, o seu excesso pode estimular o crescimento vegetativo e reduzir a produtividade da cultura, devido ao prolongamento do ciclo. Estudos confirmaram que solos com deficiência de potássio podem apresentar queda de produtividade, devido a adubação nitrogenada. Estes resultados demonstraram que a adubação completa e equilibrada favorece o ganho de incremento do nitrogênio.

O enxofre é requerido ao longo de todo o ciclo da cultura do algodão e possui produtividade significativa  quando aplicado em solos de baixa fertilidade. Solos de textura arenosa apresentam maior deficiência deste nutriente, principalmente com baixos teores de matéria orgânica. A mineralização da matéria orgânica é essencial para a disponibilização do enxofre, visto que a planta absorve este nutriente na forma de sulfato (SO4). Em média, para a produção de 2.500 kg/ha de algodão são necessários 10 kg/ha de enxofre, sendo que 6 kg/ha são exportados pela fibra e caroços. 

Dentre os micronutrientes, o boro é um dos mais importantes, pois, mesmo exigido em pequenas quantidades  pela cultura do algodão, quando encontra-se em baixa quantidade, o boro reduz significativamente a produtividade. Novamente a matéria orgânica tem papel fundamental na disponibilização natural deste nutriente para a planta. Solos com baixos teores de matéria orgânica, possuem fertilidade baixa, necessitando de altas doses de NPK e, consequentemente, maior quantidade de boro para a cultura do algodão. Dentre os desafios da adubação do boro, na interpretação dos resultados da análise de solo, possui estreita faixa de disponibilidade adequada, entre 0,4 a 0,6 mg dm-3, pelo método de água quente e facilmente lixiviável ao longo do perfil do solo. Devido a sua imobilidade na planta, recomenda-se aplicação via solo, com o intuito de garantir o fornecimento deste nutriente para toda a planta ao longo do seu ciclo.

 

Diante de todas estas características e desafios da fertilidade do solo e nutrição mineral da cultura do algodão, a Mosaic Fertilizantes dispõe do produto Performa Full. Um fertilizante multinutriente combinado com as tecnologias exclusivas da Mosaic, com o intuito de atender de forma completa e eficiente a cultura do algodão. A partir do fornecimento de nitrogênio na forma amoniacal, sem riscos de perdas por volatilização, fósforo e magnésio de alta solubilidade, potássio de eficiência superior e duas formas de enxofre e de boro para atender todo o ciclo da cultura. Além da alta qualidade física dos grânulos de fertilizante, a qual proporciona distribuição uniforme na sua lavoura, aumento do rendimento operacional e incremento na produtividade.

Fonte : Notícias Agrícolas

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