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Mercado pecuário tem expectativa de melhora para o segundo semestre
Notícia
Publicado em 12/07/2022

Depois de um semestre que mudou de perspectiva devido aos efeitos da seca, que também atingiram os negócios na pecuária, a expectativa é que na segunda metade do ano haja uma melhora no mercado, mantendo pelo menos os mesmos números de 2021. A avaliação é do leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva.

De acordo com o especialista, aconteceram poucos leilões do mercado de genética neste primeiro semestre e comparando os valores, tanto de machos quanto de fêmeas, eles ficaram praticamente iguais. “Em alguns casos tivemos uma queda de 10% em relação ao ano passado”, destaca.

No caso do gado geral, o episódio da estiagem mudou o cenário de uma excelente perspectiva e o panorama se alterou, conforme Silva. “A seca atingiu em cheio os valores praticados na agricultura e, consequentemente, os valores praticados na pecuária. Então tivemos, em números, se comparado com o outono do ano passado, uma queda de 10% dependendo da categoria”, explica.

Entretanto, o leiloeiro percebe uma sensível melhora no preço do gado de corte, em especial no Centro-Oeste brasileiro, que teve uma boa reação. E a projeção para o gado gordo segue na mesma maneira, em especial com o retorno das exportações. “A participação do mercado externo é fundamental para essa valorização, e para nossa alegria, voltaram a carregar animais lá no Norte para terminar no seu país de destino”, observa, lembrando também que problemas como a incidência de casos de aftosa nas Filipinas e a seca na Austrália, indiretamente, refletem positivamente para o mercado brasileiro, principalmente com o dólar valorizado.

Para a Temporada de Primavera, o diretor da Trajano Silva Remates frisa que mesmo com a oferta menor de gado de corte, o terneiro deve ser valorizado. “No que se refere aos reprodutores, acredito que teremos valores muito parecidos como no ano passado. Os nossos números serão muito parecidos tanto em touros quanto em fêmeas nas médias em geral, podendo ter uma variação de 5% para cima, mas não como no ano passado que tivemos casos de valorização de 30% mais”, complementa.

Fonte: Notícias Agrícolas

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