De acordo com o que informou a TF Agroeconômica, a seca nas regiões produtoras de soja da América do Sul está impulsionando novamente as cotações da oleaginosas para cima. “Quando as primeiras intenções de plantio da safra 2021/22 foram divulgadas, em junho passado, anunciando um forte aumento de área diante dos excelentes lucros que o produto vinha proporcionando aos agricultores, o mercado começou a cair. O Brasil deveria passar de uma safra de 137,3 milhões de toneladas para 145/147 milhões de toneladas, conforme a estimativa. A Argentina deveria passar de 46 MT para 56 milhões de toneladas”, comenta.
“No conjunto, a oferta mundial iria aumentar cerca de 20 milhões de toneladas. Com isto os preços foram gradativamente recuando até que, em novembro, depois de realmente plantada uma área maior, começaram os problemas de falta de umidade, tanto em solo brasileiro (especialmente na região Oeste dos três estados do Sul) como em solo argentino e o mercado começou a mostrar preocupação”, completa a consultoria.
O agravamento desta situação, quando perdas consideráveis foram sendo contabilizadas levou as cotações do mercado futuro em Chicago a compensar nos preços as perdas físicas, levando-os a níveis acima até dos verificados na safra anterior. “Não há, ainda, certeza sobre a real produção nos dois países, mas já se aceita que o Brasil deverá ter uma produção não maior do que 135 MT (2 MT a menos do que a safra anterior e 9 MT a menos do que a expectativa inicial desta safra) e a Argentina ao redor de 40 MT (cerca de 6 MT a menos do que a safra anterior e 16 MT a menos do que a expectativa inicial da safra)”, conclui.
Fonte: Agrolink