A safra de tabaco deste ano registrou uma queda de 9% na contratação de trabalhadores sazonais pelas indústrias, conforme análise feita pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa). Foram aproximadamente 700 pessoas a menos nas linhas de produção. No início da safra de tabaco, a expectativa era de crescimento e contratação de até 12% mais trabalhadores sazonais, o que não se confirmou. Dois fatores prejudicaram as contratações.
Na segunda semana de dezembro de 2020, a seca afetou o período de classificação e envio do tabaco às indústrias. Com isso, as empresas postergaram a chamada de trabalhadores. Um agravante foi o recrudescimento da pandemia entre abril e maio, o que reduziu a capacidade de colaboradores para 75% do total, durante sete semanas. De acordo com o presidente do Stifa, Gualter Baptista Júnior, um ponto positivo foi a safra ser de qualidade. “As empresas começaram a fechar negócios e buscaram o tabaco no campo, o mais rápido possível. Esse foi um fator importante para as contratações”, ressalta. Para até 20% dos safreiros, os contratos serão prorrogados até novembro ou dezembro.
Fonte: Agrolink.