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Vendas de adubo da Yara em 2019 superam as de igual período de 2018
14/08/2019 09:06 em Notícia

Em 2018, setor de distribuição de insumos em geral faturou 6% mais: R$ 46,8 bilhões

As vendas de fertilizantes da Yara no Brasil de janeiro a julho superam as realizadas em igual período do ano passado, segundo o diretor Comercial da Yara Brasil, João Luís Benetti. "A procura do produtor tem sido bastante positiva em 2019, tanto em volume de produto como por tecnologias e soluções diferenciadas que tragam maior produtividade e rentabilidade", contou ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado,durante o IX Congresso Andav, promovido pela Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, em São Paulo.

"No Brasil como um todo, o volume vendido até agora é maior do que há um ano", reforçou, sem detalhar em que proporção os negócios superam os do acumulado de 2018.Dentre os fatores que vêm sustentando as vendas Benetti destacou a melhor relação de troca entre fertilizantes e produtos agrícolas neste momento - quantidade de sacas necessária para comprar determinado volume de adubo.

"Algumas matérias-primas de fertilizantes estão mais baratas do que há um ano e, mesmo com os preços de algumas commodities agrícolas em queda, está valendo a pena para o produtor", explicou o executivo. A maior oferta de crédito por bancos, que ganharam competitividade com a queda da Selic, também alavanca os negócios, segundo Benetti."Em alguns casos, as taxas de mercado (sem subsídio do governo) estão interessantes. Entraram novos bancos, há bastante oferta de recurso, produtor que está organizado consegue obter financiamento", destacou.

Além disso, a previsão de aumento da área plantada com soja, milho e algodão e a busca por maior produtividade e rentabilidade nas lavouras também resultam em compras mais volumosas de adubos, entre os quais produtos especiais que proporcionam maior rendimento, apontou o executivo.Benetti observou que agricultores brasileiros estão mais preocupados neste ano em travar preços dos insumos em saca de produto agrícola, o que está levando a um aumento das operações de barter (troca de insumos por grãos). Tais operações são realizadas entre as distribuidoras de insumos e os produtores, com o suporte da Yara. "Produtores de café estão buscando bastante o barter neste ano, alguns até para a compra de fertilizantes para mais de uma safra. Como os preços do café estão pressionados, há uma preocupação em travar os custos de produção para se proteger contra quedas futuras", argumentou o diretor Comercial da Yara.

"Produtores do Cerrado, de forma semelhante, vêm procurando mais as operações de barter neste ano", continuou Benetti. Neste caso, a intenção é garantir uma relação de troca desejável (menor quantidade de soja por adubo).

Perspectiva

Sem mencionar valores, Benetti disse esperar que as vendas de fertilizantes em todo o ano de 2019 superem as de 2018. Segundo ele, novamente, relações de troca atrativas para produtores rurais, oferta de crédito e busca constante por maior produtividade e rentabilidade devem sustentar o crescimento. "Por todos esses fatores, nossa expectativa é que o mercado (brasileiro de fertilizantes) aumente. Algumas culturas deverão ter incremento de área plantada, como soja, milho safrinha e algodão, e se os agricultores apenas mantiverem o mesmo nível tecnológico adotado na safra passada (2017/18), já deve haver aumento (das vendas)", avaliou.

Faturamento do setor

O faturamento do setor de distribuição de insumos agropecuários em 2018 foi de R$ 46,8 bilhões, aumento de 6,3% ante o ano anterior, segundo a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav). Conforme levantamento divulgado no Congresso Andav - Fórum e Exposição, em São Paulo, a área de distribuição no ano passado respondeu por 42,5% do faturamento de R$ 110 bilhões em vendas de insumos. Ainda de acordo com a Pesquisa Nacional da Distribuição, que abrangeu 21 Estados brasileiros e 1.436 empresas, a área que puxou o faturamento foi a de insumos para grãos e cereais, com 54%. As hortícolas representaram 4%, e a pecuária e o café, com 3% cada um.

Fonte: Revista Globo Rural

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