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21/12/2017 11:50 em Notícia

Mercado do boi gordo começa a enfraquecer

Os preços do boi gordo voltaram a subir em algumas praças de comercialização e produção nesta quarta-feira, dia 20. No entanto, aos poucos o mercado vai perdendo a firmeza observada nas últimas semanas.

De acordo com a Scot Consultoria, em São Paulo, o preço da arroba teve nova desvalorização, a terceira consecutiva na semana.

Os frigoríficos não se interessam por reajuste muito expressivo nos preços, apesar das escalas de abate permanecerem posicionadas entre dois a três dias úteis. A expectativa ainda é de novas valorizações nos preços, mas de maneira mais comedida. 

Boa parte das indústrias já está com as programações de abate fechadas até o fim do ano. Vale ressaltar que há também empresas com escalas menores. Estas, por sua vez, mantém os preços mais firmes.

No mercado atacadista os preços ficaram mais altos para alguns cortes. As exportações seguem em grandes volumes, aumentando a possibilidade de novas altas no mercado interno, já que a oferta fica mais enxuta.

Dólar e Ibovespa

Em dia morno e de baixa liquidez, o dólar comercial fechou em queda em linha com o desempenho no cenário global, em que a moeda perdeu valor ante as principais divisas pares e as emergentes ligadas a commodities. No fim da sessão, o dólar teve pressão mais altista nos mercados e atingiu o patamar de R$ 3,300 ante o real, mas ainda assim encerrou no campo negativo (-0,12%), cotado a R$ 3,294 para venda.

"O movimento foi bem lateral e muito atrelado ao cenário externo com a alta do petróleo, o que ajudou as moedas emergentes, mas foi um dia de baixa liquidez", disse o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik. 

Para o economista da Guide Investimentos, Ignacio Crespo, "no cenário global, o dólar operou relativamente estável, em dia sem direção muito clara". 

 De acordo com Rugik, o evento mais importante do dia não teve impacto direto no desempenho do câmbio. A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou com 224 votos a favor o texto final da reforma tributária no país. Agora o projeto segue para sanção do presidente Donald Trump. 

"Apesar de ter dado o tom do mercado, a aprovação não mexeu muito. Tanto que após a aprovação na Câmara, o dólar se comportou de forma leve. De fato, as commodities impactaram mais", reforça o diretor da Correparti. 

O Ibovespa encerrou com alta de 0,94%, aos 73.367 pontos. O volume negociado foi de R$ 6,421 bilhões.

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais baixos. Após um início de alta, o mercado retornou ao território negativo, pressionado pelas chuvas que atingiram a região produtora da Argentina nesta semana. 

O mercado atingiu o menor nível em três meses, em meio a perspectiva de uma ampla oferta mundial. Desde o início de dezembro, as perdas já se aproximam de 5%. 

O ritmo das vendas de soja dos Estados Unidos também preocupa. A falta de competitividade mantém nas exportações aquém do esperado pelo governo. Este é outro fator de pressão. Nas últimas onze sessões, o mercado encerrou dez em baixa. 

Aqui no Brasil, o mercado brasileiro de soja permanece com poucos negócios e preços entre estáveis e mais baixos. As perdas de Chicago e do dólar travaram as negociações.

Milho

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais altos. Acompanhando o bom desempenho do trigo, o mercado foi impulsionado por um movimento técnico de cobertura de posições vendidas. 

O mercado tem dificuldades em encontrar fatores que oscilem os preços ao longo de todo este segundo semestre de 2017. Os preços simplesmente não conseguem encontrar uma variável para sair do fundo em que se encontra. 

Talvez isso possa ocorrer com o corte de área plantada na safra 2018 nos Estados Unidos ou com a retomada das exportações a partir de fevereiro, com a saída do Brasil do mercado neste período. 

Com isso, o mercado norte-americano precisa de demanda ou corte de produção para ver preços reagindo. O clima na Argentina promete regularizar as chuvas nos próximos dias e é fator de atenção de curtíssimo prazo. 

No mercado brasileiros, a quarta-feira foi de cotações estáveis. A comercialização esteve praticamente parado, sem interesse, com vendas muito lentas ante as festividades de final de ano. 

Previsão do tempo

Como será o verão?

O verão do hemisfério Sul começa dia 21/12 nesta quinta-feira às 14h28 no horário de Brasília. Neste momento, o hemisfério Sul recebe a maior quantidade de energia proveniente do Sol no ano e também marca o dia mais longo (solstício de verão). 

O fenômeno La Niña continuará dando as cartas no verão. Entretanto, o fenômeno não será dos mais fortes. Somente a região Norte terá um verão típico de La Niña com chuva acima da média especialmente a partir de fevereiro. 

No Nordeste, apesar do La Niña normalmente trazer chuva forte, a previsão é de precipitação abaixo da média. No Sudeste e Centro-Oeste, a chuva ficará próxima da média com alguns desvios positivos e fevereiro promete ser o mês mais chuvoso dos três. 

No Sul, a previsão também é de chuva dentro da média, porém com má distribuição temporal. Assim como na primavera, período em que a região passou por períodos de estiagem e chuva em excesso, a situação também será registrada no verão.

Períodos de La Niña não são caracterizados por calor persistente. Mesmo assim, a temperatura ficará acima da média no verão no Rio Grande do Sul, oeste do Paraná e de Santa Catarina e em Mato Grosso do Sul, além de Roraima. 

Já na maior parte do país, espera-se temperatura próxima da média histórica com alternância entre períodos de calor e temperaturas mais baixas.

Sul

Muita chuva cobre o Sul do Brasil nesta quinta e há previsão para temporais no norte e leste de Santa Catarina e faixa sul, leste e norte do Paraná. Há previsão de acumulados de chuva bastante elevados no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e no litoral paranaense. Assim, há condição para transtornos em áreas de risco como alagamentos e deslizamentos. 

Em grande parte do Rio Grande do Sul o tempo fica firme e o predomínio é de sol. As temperaturas voltam a subir no Rio Grande do Sul e o calor aumenta. Somente no final do dia, uma área de baixa pressão atmosférica volta a trazer chuva no oeste em forma de pancadas.

Sudeste

Um sistema de baixa pressão no litoral paulista intensifica a chuva em São Paulo, sul, oeste e centro de Minas Gerais e também no Rio de Janeiro. Há previsão de elevados volumes acumulados no litoral sul paulista, Vale do Ribeira e cidades que fazem divisa com o Paraná. Assim, há risco para transtornos, como alagamentos. 

Com o tempo um pouco mais fechado, as temperaturas não ficam tão elevadas quanto nos dias anteriores nesta área. Por outro lado, no Espírito Santo e faixa norte de Minas o sol predomina entre nuvens e faz calor ao longo de todo o dia.

Centro-Oeste

As chuvas ganham intensidade em Mato Grosso do Sul e há risco para trovoadas, ventos fortes e chuva intensa nas áreas mais próximas ao Paraná e ao Paraguai. Trata-se de uma região de baixa pressão atmosférica que organiza a umidade da Amazônia. 

No restante da região Centro-Oeste chove de forma mais localizada e com baixo volume acumulado. Mesmo assim, as instabilidades perdem força no norte goiano e nordeste de Mato Grosso. A sensação é de abafamento.

Nordeste

O tempo fica firme no interior da Bahia e entre Sergipe e a Paraíba. Algumas áreas de instabilidade continuam a manter a chuva concentrada no Maranhão e em parte do norte do Piauí e do Ceará. Ventos úmidos que vêm do oceano também geram chuva fraca no litoral baiano, mas somente no final do dia.

Norte

Ainda chove em toda a região Norte, porém com menor intensidade e em pontos mais isolados. A chuva é mais intensa na faixa central e sul do Amazonas, mas diminui no Acre e Rondônia. Na maior parte do dia o sol predomina no Pará, Roraima e temporais são esperados para o litoral do Amapá.

Fonte: Canal Rural

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