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15/12/2017 11:29 em Notícia

Soja cai mais de 1% com previsão de chuva na Argentina

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, 14, com preços acentuadamente mais baixos. O vencimento de janeiro caiu mais de 1%. A melhora no clima prevista para a segunda quinzena de dezembro na Argentina e no Sul do Brasil pressionaram o mercado.

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, ainda é muito cedo para se falar em perdas produtivas no Brasil e na Argentina e o mercado começa a entender isso. O desenvolvimento da safra brasileira é bom até o momento e o potencial produtivo supera os 110 milhões de toneladas. Sem problemas climáticos a expectativa é que não se tenha perdas produtivas relevantes no Brasil.

Nesta quinta-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as exportações semanais da oleaginosa americana referentes à temporada 2017/2018. Os embarques c ficaram em 1,4 milhões de toneladas na semana encerrada em 07 de dezembro.

Para a temporada 2018/2019, foram mais 113,2 mil toneladas. Os analistas esperavam algo entre 880 mil e 2,35 milhões de toneladas, somando as duas temporadas.

Na Argentina, a Bolsa de Rosário elevou sucintamente suas estimativas de colheita de soja em 100 mil toneladas para 54,5 milhões de toneladas devido a maior área que vem sendo plantada neste ano. Os trabalhos de campo do país atingiram 63,5% da área, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Na comparação com a semana anterior, houve um avanço 10,2 pontos percentuais. O plantio segue 3 pontos atrasados na comparação com o ano anterior. 

Aqui no Brasil, os preços da soja apresentaram poucas oscilações e cotações mistas. Poucos negócios foram registrados, devido à forte queda de Chicago. A alta do dólar compensou parte do impacto negativo dos contratos futuros.

Dólar e Ibovespa

O adiamento da reforma da Previdência para fevereiro do ano que vem levou o dólar a fechar em alta de 0,63%, a R$ 3,338, maior cotação desde 23 de junho. No mercado futuro, o contrato para janeiro operava em R$ 3,340, alta de 0,76%. 

No início da tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou que a discussão sobre a matéria será em 5 de fevereiro e a votação, em 19 de fevereiro, após o Carnaval. O adiamento da votação foi, em grande parte, por uma indefinição dos votos, afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após se reunir com Maia. 

 "Ainda assim, cada vez mais difícil que algo seja aprovado em 2018, ano eleitoral. Até lá, o mercado deve continuar cético", analisa a equipe econômica da Guide Investimentos. O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, complementa que "o dólar ficou pressionado com as questões da Previdência e se alinha com a deterioração das expectativas do mercado".

 Segundo Rosa, o câmbio no mercado local já está precificado conforme as expectativas com a votação da matéria e tende a ficar na estabilidade. "Não acredito que avance para além de R$ 3,34. Com o recesso do Congresso Nacional e do Judiciário, não vejo eventos que possam mudar esse cenário e o mercado entra em banho-maria".

Apesar disso, o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula no caso tríplex do Guarujá (SP) em 24 de janeiro pelo Tribunal Regional Federal da 4 Região (TRF4) em segunda instância pode movimentar os ativos antes da reforma voltar à pauta. Lula foi condenado no primeiro julgamento e pode ficar inelegível para a corrida presidencial. 

 No dia, o Ibovespa encerrou com queda de 0,67%, aos 72.428 pontos. O volume negociado foi de R$ 11,301 bilhões.

Milho

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços levemente mais baixos. O mercado acompanhou o desempenho negativo da soja, diante da perspectiva de melhor no clima na Argentina e no Sul do Brasil.

As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2017/2018, que tem início no dia 1º de setembro, ficaram em 866,9 mil toneladas na semana encerrada em 7 de dezembro. O número ficou 1% inferior ao da semana anterior. Os analistas esperavam de 750 mil a 1,3 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas.

No mercado interno, o ritmo de negócios segue lento, com vendas pontuais para preencher uma ou outra necessidade mais urgente. A exceção está em São Paulo, cujos consumidores se deparam com estoques encurtados e em grande dificuldade na aquisição de milho. Os negócios envolvendo a safrinha 2018 também fluem de maneira lena.

Boi

Os preços do boi gordo ficaram de estáveis a mais altos nesta quinta-feira. A véspera das festas de final de ano e o imposto de renda, afastam o pecuarista dos negócios e complicam o alongamento da escala de abate dos frigoríficos. Essa retração de negócios tem permitido que a oferta de compra esteja firme, propiciando aumento da cotação. 

Em São Paulo, foi mais um dia de alta. A cotação da arroba do boi gordo ficou cotada em R$ 146,50, à vista, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), alta de 2,1% desde o início de dezembro.

De acordo com a consultoria XP Investimentos, são comuns os relatos de boiadas vindas de outras praças, fato que, inclusive, pode ser comprovado pelo diferencial de base estreito com referência à São Paulo. 

Segundo a Safras & Mercado, ainda há tendência de alta nos preços 

devido ao grande consumo deste período do ano. A oferta de animais prontos para o abate segue bastante restrita, o que dá margem para preços mais altos.

No mercado atacadista, os preços ficaram mais altos para alguns cortes.

Previsão do tempo

A madrugada desta sexta-feira, dia 15, é marcada por uma frente fria que traz nebulosidade para os estados de Santa Catarina, Paraná e sul de São Paulo, mas sem chuvas. 

Já no norte de Minas Gerais e Goiás e de Mato Grosso até o Amazonas e Pará, uma frente fria organiza a umidade vinda da Amazônia e traz chuva para as regiões centrais do Brasil. 

No Nordeste do país há uma maior nebulosidade ao sul e oeste da Bahia, no restante da região tempo aberto.

Sul

Na sexta-feira, a passagem de uma rápida frente fria na costa induz instabilidades no Sul e a chuva avança não só para o norte gaúcho mas também para Santa Catarina e também o Paraná até o final do dia. Com isso, a temperatura cai um pouco em relação aos dias anteriores e o calorão extremo diminui aos poucos. Ao mesmo tempo, uma nova massa de ar seco avança a partir do Uruguai e o tempo volta a ficar firme nas áreas gaúchas mais próximas daquele país e em seu centro.

Sudeste

A chuva intensa e generalizada perde força entre Minas Gerais e Espírito Santo e somente no litoral capixaba é que há condição para elevados acumulados. Com a aproximação de uma frente fria afastada na costa, a nebulosidade aumenta no sul do estado de São Paulo e a chuva volta a se espalhar também. No entanto, não são previstas chuvas generalizadas e volumosas nestas áreas. Tempo firme apenas entre o centro ao litoral norte paulista, o que atinge também Campinas (SP), e baixada santista.

Centro-Oeste

A área preferencial para chuva forte e generalizada migra para o centro, norte e oeste de Mato Grosso. Por outro lado, a chuva diminui em Goiás e Distrito Federal. Algumas áreas de instabilidade ganham força até o final do dia assim a chuva vem em toda a região, mas forma isolada em Mato Grosso do Sul, com baixos volumes acumulados. Os termômetros seguem registrando muito calor.

Nordeste

Na sexta-feira volta a chover de maneira isolada em alguns pontos do litoral leste do Nordeste, com ventos que sopram do mar contra a costa e que ajudam a organizar instabilidades nestas regiões. Ainda chove no Maranhão e boa parte do Piauí, na Bahia a chuva prevalece no oeste e sul do estado, mas diminui em abrangência e intensidade. Por outro lado, na faixa central do Nordeste o tempo fica mais firme, ensolarado e quente.

Norte

A chuva volta a ganhar força no interior do Pará, assim como no norte de Tocantins. Porém as instabilidades se espalham por toda a região, trazendo condições para pancadas de chuva isoladas.

Fonte: Canal Rural

 

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