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01/12/2017 11:02 em Notícia

Boi gordo: alta se confirma e preço da arroba sobe R$ 6,50 em novembro

O mercado físico do boi gordo teve preços entre estáveis a mais altos nesta quinta-feira, dia 30. Ofertas de compra em valores crescentes e negócios fechados com cotações mais altas são uma realidade no mercado do boi. Com isso, há uma contínua pressão de reajustes das referências para os bovinos terminados

Em São Paulo, no acumulado de novembro, a arroba subiu R$ 6,50 ou 4,7%. Esta variação retrata bem o quadro vigente de firmeza. Este cenário é consequência de uma oferta que se mostra restrita, sobretudo em regiões em que o confinamento não é uma prática comum.

A disponibilidade de bovinos terminados em pasto é muito baixa, típica da época do ano. Esta situação foi reforçada pelo atraso na chegada das chuvas nesta temporada.

A expectativa é que os preços subam ainda mais diante do consumo aquecido na primeira quinzena de dezembro e da oferta restrita de animais prontos para o abate.

O mercado atacadista também segue com preços firmes. Os estoques dos frigoríficos estão enxutos, o que deve provocar novas altas nos preços em dezembro.

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou em alta de 0,95%, cotado a R$ 3,271 na venda, influenciado pela percepção do mercado de que a aprovação da reforma da Previdência enfrentará mais dificuldades do que o esperado, após o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmar que não haveria quórum para a votação do documento na semana que vem.

 "O mercado está olhando para a questão da Previdência, as declarações do Maia não ajudaram muito, a situação do PSDB também não. Fica essa percepção de briga interna no governo e começa a crescer a ideia de que a reforma não passa", afirmou o analista da Rio Gestão, Bernard Gonin.

 Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, mesmo as commodities em alta, com o petróleo subindo na esteira do anúncio de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continuará a limitar a produção da commodity no ano que vem, o real perdeu força ante o dólar com as questões políticas internas. "Ficou evidente a limitação e a incapacidade do governo para conduzir a reforma [da Previdência]", disse o economista.

 O Ibovespa encerrou com queda de 1,26%, aos 71.783 pontos. O volume negociado foi de R$ 26,298 bilhões.

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais baixos nesta quinta-feira. As perdas foram determinadas pelo relatório baixista para as exportações semanais americanas.

Além disso, houve uma manutenção na decisão de quantidade misturada para biodiesel à base de soja em 2018, nos Estados Unidos, conforme a agência norte-americana de proteção ambiental, a EPA. O mercado esperava por uma elevação no mandato para o uso de biodiesel à base de soja frente ao estimado para 2018.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2017/2018, com início em 1 de setembro, ficaram em 942,9 mil toneladas na semana encerrada em 23 de novembro. Os analistas esperavam entre 700 mil e 1,175 milhão de toneladas, somando as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).  

No Brasil, o mercado interno de soja mostrou melhor movimentação nas principais praças de comercialização do país. A boa alta da moeda norte-americana ajudou a melhorar os preços internos da oleaginosa, trazendo também melhor ritmo para os negócios. Entretanto, Chicago encerrou com perdas de até 6,75 pontos nos principais vencimentos e impediu uma elevação mais consistente nas cotações domésticas. 

Rumores indicam aproximadamente 20 mil toneladas sendo negociadas no Rio Grande do Sul e cerca de 15 mil em Mato Grosso.

Milho

O milho em Chicago foi caracterizado pela predominante alta entre os principais contratos em vigor. Apesar do fraco resultado das exportações semanais nos Estados Unidos, o mercado encontrou sustentação. 

Os embarques americanos do cereal para a temporada comercial 2017/2018, que tem início no dia 1º de setembro, ficaram em 599,2 mil toneladas na semana encerrada em 23 de novembro. Os analistas esperavam de 700 mil a 1,3 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. 

O mercado segue focado no clima na América do Sul, com ênfase na situação da Argentina. O relatório de oferta e demanda a ser divulgado pelo USDA durante a primeira quinzena de dezembro também será relevante para a formação de tendência de curto prazo. 

No mercado interno, a quinta-feira foi de preços mais altos. As cotações apresentaram algumas mudanças de comportamento em determinados estados, com ênfase no mercado paulista. 

No entanto, as negociações fluíram de maneira lenta, seja por consumidores abastecidos ou mesmo pela decisão de alguns produtores e também de cooperativas de reter a oferta na virada de mês. A logística permanece 

problemática em alguns estados.

Previsão do tempo

Como será dezembro?

Para dezembro, choverá em todas as regiões, como é comum para o período úmido. Em uma grande área, cujo limite superior começa numa linha que engloba as proximidades de Cuiabá (MT), Brasília (DF) e Montes Claros (MG) e termina em uma outra linha que engloba a divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, a chuva ficará acima da média. 

Já os maiores acumulados absolutos, superiores aos 300 milímetros, ficarão concentrados entre o norte de São Paulo e o sudoeste da Bahia passando por boa parte de Minas Gerais e de Goiás.

Na maior parte do Rio Grande do Sul, da região Nordeste e na porção leste da região Norte (Amapá, Tocantins e Pará), choverá menos que o normal. A situação é mais preocupante no Rio Grande do Sul, onde na fronteira com o Uruguai já não chove intensamente há mais de 30 dias.

No Nordeste e no leste da região Norte choverá especialmente na segunda quinzena de dezembro, mas em quantidade insuficiente para alcançar a média. Por outro lado, na porção oeste da região Norte (Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima), o acumulado oscilará entre a média e acima da média.

La Niña

Com o fenômeno La Niña ativo, dezembro não será dos meses mais quentes no Brasil. A temperatura deverá até mesmo ficar abaixo da média entre o Espírito Santo e o sul da Bahia. Somente no centro e sul do Brasil (região Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul) e em Roraima, o calor ficará acima do normal com temperatura até 2°C superior a média.

Sul

Nesta sexta-feira, 1, o dia até começa com tempo firme e com temperaturas em elevação nos três estados do Sul, mas até o final do dia áreas de instabilidade formam pancadas de chuva com trovoadas, além de eventual queda de granizo em áreas de fronteira com a Argentina e no norte do Paraná. 

Na faixa leste entre o nordeste gaúcho e o litoral do Paraná, a umidade que vem do mar mantém nuvens e eventual chuva isolada. Trata-se de uma região de alta pressão atmosférica no oceano, que também provoca ventos moderados a fortes na costa gaúcha. No interior dos três estados, o sol predomina e a umidade relativa do ar cai.

Sudeste

A chuva ganha muita força no Sudeste com a formação de uma área de baixa pressão atmosférica no oceano. A chuva é intensa entre o norte paulista, triângulo mineiro, centro, sul de Minas Gerais e zona da mata, Rio de Janeiro e no Espírito Santo. 

Em 24 horas, o acumulado de chuva entre Minas Gerais e Espírito Santo pode ser de um terço à metade de toda a chuva normal para o mês de dezembro.

No restante do Sudeste a chuva, se houver, acontece de forma muito localizada e com baixo acumulado. Na maior parte de São Paulo, por exemplo, os períodos de melhoria são mais longos e a temperatura sobe um pouco mais.

Centro-Oeste

A chuva é forte e generalizada na maior parte do estado de Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. Alguns modelos indicam que os acumulados podem passar dos 100 milímetros em 24 horas no sudeste goiano. Há condição para transtornos, como alagamentos em centros urbanos. 

Por outro lado, a chuva frequente têm sido favorável à elevação dos reservatórios de água da região. Em Mato Grosso chove, mas atinge apenas uma ou outra cidade de maneira isolada. Em Mato Grosso do Sul tem risco para granizo.

Nordeste

As condições de tempo pouco mudam no Nordeste. Na faixa entre Sergipe e o norte do Maranhão o tempo continua firme e ensolarado, o que garante temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar. Apenas em áreas litorâneas entre Natal e Recife é que há alguma condição para chuva fraca à noite. 

Do interior do Maranhão até o recôncavo baiano, a chuva que se forma é mais pesada, mas ainda sim acontece de forma irregular. Há condição para trovoadas e chuva volumosa no sul da Bahia.

Norte

As instabilidades que atuam na Bolívia favorecem as nuvens carregadas também em Rondônia. Tem previsão para pancadas de chuva a qualquer momento, com potencial para temporais e volumes expressivos. Nas demais áreas da região Norte os volumes acumulados são mais baixos.

Fonte: Canal Rural

 

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