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Soja: reflexos da guerra comercial podem ser maiores em setembro
06/09/2018 08:29 em Notícia

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Os prêmios da soja nos portos brasileiros foi um dos principais pilares de sustentação dos preços em agosto. Enquanto a oleaginosa teve alta de 3,23%, os prêmios subiram quase 7%, fechando o mês passado a 207 cents por bushel. A firmeza das cotações da cultura está atrelada, segundo o analista da Safras & Mercado Luís Gutierrez, a dois fatores: a alta do dólar e a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O especialista salienta que, até o momento, as elevações se dão mais pela expectativa de aumento de demanda chinesa pelo produto brasileiro. “Ainda não houve nenhuma grande movimentação”, menciona Gutierezz. A entrada da safra norte-americana, que deve acontecer em setembro, trará as grandes mudanças, porque “é neste momento que os compradores chineses iniciam seus negócios com os norte-americanos”.

Chicago

Os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quarta, dia  5, com preços em baixa. Após tentar uma recuperação no início do dia, o mercado voltou a ceder ao cenário fundamental.

As lavouras seguem se desenvolvendo bem nos Estados Unidos. Segundo o USDA, até 2 de setembro, 66% estavam entre boas e excelentes condições, 23% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana passada, os números eram de 66%, 23% e 11%, respectivamente.

Com isso, se consolida a perspectiva de uma safra recorde nos Estados Unidos, estimada em até 130 milhões de toneladas por consultorias privadas. Do lado da demanda, a indefinição sobre a disputa comercial entre China e Estados Unidos e a preocupação com a procura chinesa por farelo, decorrente dos casos de peste suína no país asiático acentuam os fundamentos negativos.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com perda de US$ 2,10 (0,68%), sendo negociada a US$ 306,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 28,18 centavos de dólar, com baixa de 0,21 centavos ou 0,73%.

Fonte: Canal Rural

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