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Em dia de USDA, milho tem alta considerável em Chicago
13/06/2018 10:09 em Notícia

Confira as principais notícias sobre mercado agropecuário, câmbio e previsão do tempo para começar o dia bem informado

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços acentuadamente mais altos. O mercado foi impulsionado pelos números apresentados há pouco no relatório de oferta e demanda de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Para a safra 2018/19, o USDA previu que os Estados Unidos deverão colher 14,040 bilhões de bushels, mesmo volume indicado em maio, mas abaixo dos 14,072 bilhões de bushels previstos pelo mercado. Os estoques finais de passagem foram estimados em 1,577 bilhão de bushels, ante os 1,642 bilhão de bushels esperados pelo mercado e abaixo dos 1,682 bilhão de bushels indicados no mês passado. Para a temporada 2017/18, os estoques finais de passagem foram estimados em 2,102 bilhões de bushels, aquém dos 2,182 bilhões de bushels indicados em maio e abaixo também dos 2,163 bilhões de bushels previstos pelo mercado.

A safra global 2018/19 foi estimada em 1.052,42 milhão de toneladas, abaixo das 1.056,07 milhão de toneladas previstas em maio. Os estoques finais da safra mundial 2018/19 foram projetados em 154,69 milhões de toneladas, aquém das 159,15 milhões de toneladas apontadas no mês passado e acima das 153,7 milhões de toneladas previstas pelo mercado. Os estoques finais da safra mundial 2017/18 foram projetados em 192,69 milhões de toneladas, aquém das 194,85 milhões de toneladas indicadas no mês passado e abaixo das 193,4 milhões de toneladas previstas pelo mercado.

A estimativa de safra brasileira foi reduzida de 87 milhões de toneladas para 85 milhões de toneladas, enquanto o mercado estimava um corte para 84 milhões de toneladas. A produção da Argentina deve atingir 33 milhões de toneladas, sem alterações frente ao mês passado, mas acima das 32,4 milhões de toneladas esperadas pelo mercado.

Brasil

O mercado brasileiro de milho registrou preços de estáveis a mais baixos nesta terça-feira. No mercado disponível, a oferta de milho tem apresentado bom nível, enquanto os principais consumidores estão retraídos. As questões envolvendo o frete ainda dificultam as negociações entre estados.

Ainda há muitos questionamentos em torno do tabelamento. As questões cambiais ainda são determinantes nas próximas semanas, e a volatilidade deve marcar todo o segundo semestre, comenta o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Milho

Milho no mercado físico – R$/saca de 60 kg

·     Rio Grande do Sul: 44,00

·     Paraná: 40,00

·     Campinas (SP): 43,00

·     Mato Grosso: 26,00

·     Porto de Santos (SP): 39,50

·     Porto de Paranaguá (PR): 39,00

·     São Francisco do Sul (SC): 39,00

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel

·     Julho/2018: 3,77 +10,25 cents)

·     Setembro/2018: 3,86 (+10,50 cents)

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em leve alta. O mercado tentou se recuperar tecnicamente, após seis sessões de queda. O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ajudou a sustentar os preços durante o dia, mas a pressão fundamental limitou uma reação mais consistente.

O relatório projetou estoques de passagem de soja americanos abaixo do esperado, tanto para a atual como para a próxima temporada. A safra 2018/19 ficou inalterada na comparação com o mês anterior.

A produção 2018/19 foi mantida em 4,280 bilhões de bushels, o equivalente a 119,48 milhões de toneladas. O mercado apostava em 4,293 bilhões de bushels, ou 116,83 milhões de toneladas.

Os estoques finais em 2018/19 estão projetados em 385 milhões de bushels, ou 10,477 milhões de toneladas. O mercado trabalhava com um número de 435 milhões de bushels, ou 11,84 milhões de toneladas. Em maio, a estimativa era de 415 milhões de bushels ou 11,29 milhões de toneladas.

O USDA indica estimativa de exportação para 2017/18 de 2,29 bilhões de bushels, contra 2,065 bilhões de maio. O esmagamento está estimado em 2 bilhões de bushels, contra 1,995 bilhão do mês anterior.  

Em relação à temporada 2017/18, os estoques finais foram indicados em 505 milhões de bushels ou 13,74 milhões de bushels, abaixo da previsão de 523 milhões do mercado - 14,23 milhões de toneladas. No relatório anterior, o número era de 530 milhões de bushels ou 14,42 milhões de toneladas.

O USDA projetou safra mundial de soja em 2017/18 de 336,7 milhões de toneladas. No relatório anterior, o número era de 336,7 milhões. Os estoques finais foram elevados de 92,16 milhões de toneladas para 92,49 milhões. O mercado esperava por estoques finais de 91,2 milhões de toneladas.

A projeção do USDA aposta em safra americana de 119,52 milhões de toneladas, sendo mantido o número de maio. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 119 milhões de toneladas, contra 117 milhões de toneladas em abril. O mercado previa número de 117,5 milhões de toneladas.

A previsão para a Argentina recuou de 39 milhões para 37 milhões de toneladas. A estimativa do mercado era de 37,8 milhões. Pelo lado da demanda, destaque para a manutenção da previsão das importações chinesas na casa de 97 milhões de toneladas.

Para a temporada 2018/19, o USDA estima safra mundial de 355,24 milhões, contra 354,54 milhões do relatório anterior. Os estoques finais foram elevados de 86,7 milhões para 87,02 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 86,3 milhões de toneladas.

A safra americana foi mantida em 116,48 milhões de toneladas. Para o Brasil, a previsão de produção foi elevada de 117 milhões para 118 milhões de toneladas. A projeção para a Argentina foi mantida em 56 milhões de toneladas.

 

Soja no mercado físico – R$/saca de 60 kg

·     Passo Fundo (RS): 76,50

·     Cascavel (PR): 75,50

·     Rondonópolis (MT): 69,50

·     Dourados (MS): 71,00

·     Porto de Paranaguá (PR): 83,50

·     Porto de Rio Grande (RS): 81,00

·     Porto de Santos (SP): 82,00

·     Porto de São Francisco do Sul (SC): 82,50

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel

·     Julho/2018: 9,54 (+25 cents)

·     Agosto/2018: 9,59 (+0,50 cents)

Café

O mercado brasileiro de café teve uma terça-feira de cotações pouco alteradas. O mercado manteve poucos negócios, com os produtores segurando a oferta. O vendedor que está capitalizado fica retraído à espera de um cenário mais favorável de bolsa e câmbio.

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços levemente mais altos.

Repetindo o comportamento da segunda-feira, NY teve uma sessão de volatilidade, oscilando dentro de margens mais estreitas, aguardando notícias para um melhor direcionamento. Segue como fator baixista a entrada da safra recorde no Brasil, com boas condições climáticas. Além disso, não há maiores riscos de geadas ou de frio intenso sobre o cinturão cafeeiro brasileiro.

De modo geral, mesmo quando avança, NY tem essa questão da tranquilidade no abastecimento global como aspecto baixista e que limita a sequência nos ganhos.

Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da terça-feira com preços moderadamente mais baixos.

As cotações recuaram no dia diante de aspectos técnicos predominantemente. Em parte da sessão, Londres acompanhou as perdas do arábica em Nova York, embora a bolsa nova-iorquina no momento tenha ganhos. A tranquilidade no abastecimento global com a entrada de uma safra recorde do Brasil no momento mantém-se como fator de pressão às cotações.

 

Café no mercado físico – R$ por saca de 60 kg

·     Arábica/bebida boa – Sul de MG: 455-460

·     Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 460-465

·     Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 400-405

·     Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 330-335

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – em cents por libra-peso

·     Julho/2018: 117,35 (+0,25 cent)

·     Setembro/2018: 119,50 (+0,30 cent)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – em US$ por tonelada

·     Julho/2018: 1.729 (-US$ 6)

·     Setembro/2018: 1.715 (-US$ 8)

Boi

A oferta de boiadas represada durante a greve dos caminhoneiros já foi absorvida pelo mercado e a disponibilidade de animais terminados para o abate está menor. Isso, associado ao bom momento para escoamento da produção explica o movimento de alta em algumas regiões.

Destaque para o sul de Tocantins, onde a valorização foi de 1,6% frente ao fechamento do dia anterior. De maneira geral, as ofertas de compra abaixo da referência diminuíram em todo o país.

 

Boi gordo no mercado físico – R$ por arroba à vista

·     Araçatuba (SP): 138,00

·     Triângulo mineiro (MG): 131,00

·     Goiânia (GO): 126,00

·     Dourados (MS): 128,00

·     Mato Grosso: 124,00 - 127,00

·     Marabá (PA): 121,00

·     Rio Grande do Sul (oeste): 4,90 (kg)

·     Paraná (noroeste): 138,00

·     Tocantins (norte): 121,00

Fonte:Canal Rural

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