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Soja despenca no Brasil após desvalorização do dólar e baixa em Chicago
11/06/2018 09:48 em Notícia

Confira as principais notícias sobre mercado agropecuário, câmbio e previsão do tempo para começar o dia bem informado

As cotações da soja despencaram no mercado brasileiro na última sexta-feira. O tombo no dólar travou a comercialização no Brasil e as perdas da soja em Chicago complementou o cenário negativo para a formação dos preços. Com esse quadro, não houve o reporte de negócios no dia.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos. O clima favorável para o desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos e a falta de acordo entre Estados Unidos e China pressionaram o mercado.

Na semana, a posição julho caiu 5,5%, a maior perda semanal desde agosto de 2017. O enfraquecimento da demanda pela soja americana, a maior competitividade da commodity brasileira e a perspectiva de uma ampla safra dos Estados Unidos mantiveram as cotações sob pressã

 

Soja no mercado físico – R$/saca de 60 kg

·     Passo Fundo (RS): 79,00

·     Cascavel (PR): 75,50

·     Rondonópolis (MT): 69,00

·     Dourados (MS): 72,00

·     Porto de Paranaguá (PR): 83,50

·     Porto de Rio Grande (RS): 84,00

·     Porto de Santos (SP): 83,00

·     Porto de São Francisco do Sul (SC): 83,50

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel

·     Julho/2018: 9,69 (-5,00 cents)

·     Agosto/2018: 9,74 (-5,00 cents)

Fonte: Safras & Mercado e Radar Invstimentos

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação com baixa de 5,5%, cotado a R$
3,7070 para a compra e a R$ 3,7090 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,6960 e a máxima de R$ 3,8590.

O índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) fechou a sexta-feira em queda de 1,23%, com 72.942 pontos. O volume negociado foi de R$ 20.526.228.861.

Milho

O mercado brasileiro de milho teve uma sexta-feira arrastada na comercialização, com preços de estáveis a mais baixos diante do tombo do dólar. De forma geral, o mercado parou diante das dificuldades com a política de tabelamento de fretes. Há necessidade de recomposição do mercado normal de fretes e de menor volatilidade cambial para a retomada dos negócios.
 
Chicago
 
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais altos. O mercado corrigiu parte das perdas acumuladas ao longo da semana. O clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas limitou a recuperação. Na semana, a posição julho teve desvalorização de 3,3%.
 
Julho 3,77 +1,50
Setembro 3,86 -1,25

Milho no mercado físico – R$/saca de 60 kg

·     Rio Grande do Sul: 46,50

·     Paraná: 43,00

·     Campinas (SP): 44,50

·     Mato Grosso: 30,00

·     Porto de Santos (SP): 40,00

·     Porto de Paranaguá (PR): 40,00

·     São Francisco do Sul (SC): 40,00

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel

·     Julho/2018: 3,77 (+1,50 cents)

·     Setembro/2018: 3,86 (-1,25 cents)

Café

O mercado brasileiro de café teve uma sexta-feira de preços mais baixos. Mesmo com o dia de ganhos para o arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US), a forte baixa do dólar travou a comercialização no Brasil e levou a bases mais baixas nas cotações.
 
Nova York
 
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica
encerrou as operações da sexta-feira com preços mais altos.
 
Depois de cinco sessões seguidas de perdas, NY encontrou um movimento de recuperação técnica, estimulado pela forte desvalorização do dólar contra o real no dia. Os fundamentos seguem baixistas, com a entrada de uma safra recorde no Brasil, mas após as recentes quedas o mercado deu sinais de estar sobrevendido e sujeito a uma reação técnica, que veio estimulada pela questão cambial no Brasil.
 
No balanço semanal, o contrato julho acumulou uma desvalorização de 4,5%.
 
Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da sexta-feira com preços mais baixos.
 
As cotações cederam no dia diante de movimentos de vendas especulativas.
Indicações de uma safra recorde no Brasil pesam sobre as cotações. E o
relatório do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no
Vietnã indicou aumento na produção também para o país, o que pesa sobre os
preços.
 
O adido do USDA estima que a produção de café do Vietnã na temporada 2017/18 totalize 29,3 milhões de sacas, cerca de 600 mil sacas abaixo das estimativas iniciais devido às perdas na safra ocasionadas por chuvas tardias.
 
A previsão para a safra 2018/19 é de uma safra 29,9 milhões de sacas, cerca de 2% acima dos números de 2017/18 devido ao clima favorável durante o período do florescimento.
 
O adido estima que as exportações de café do Vietnã atinjam 27,9 milhões de sacas em 2018/19, um pouco acima das 27,650 milhões de sacas embarcadas na temporada anterior, devido ao crescimento da produção. Os estoques finais de 2018/19 estão estimados em 1,183 milhão de sacas, contra 1,013 milhão de sacas no ano anterior. O Vietnã é o maior produtor e exportador mundial de café robusta.
 
No balanço da semana, o contrato julho acumulou queda de 1,66%.

 

Café no mercado físico – R$ por saca de 60 kg

·     Arábica/bebida boa – Sul de MG: 455-460

·     Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 460-465

·     Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 400-405

·     Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 335-340

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – em cents por libra-peso

·     Julho/2018: 117,25 (+1,55 cents)

·     Setembro/2018: 119,50 (+1,50 cents)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – em US$ por tonelada

·     Julho/2018: 1.721 (-US$ 12)

·     Setembro/2018: 1.712 (-US$ 11)

Boi

A cotação da arroba do boi gordo subiu em duas praças e caiu em uma, com destaque para a região sul de Goiás onde a alta foi de 2% na semana.

Nas regiões onde a oferta de boiadas ficou represada durante a greve dos caminhoneiros, os compradores aproveitam para alongar as programações de abate e pressionar o mercado. Já nas praças onde o volume de boiadas está baixo, as escalas de abate não evoluem e, nessas regiões o preço da arroba subiu ao longo da semana.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, o preço do boi casado castrado subiu e está cotado, em média, em R$ 9,84 o quilo, valorização de 5,5% desde a paralisação.

Segundo a Scot Consultoria, um dos fatores dessa alta foi a queda do abastecimento dos varejistas que agora, com a liberação das estradas, estão reabastecendo os estoques

 

Boi gordo no mercado físico – R$ por arroba à vista

·     Araçatuba (SP): 138,00

·     Belo Horizonte (MG): 131,00

·     Goiânia (GO): 125,00

·     Dourados (MS): 128,00

·     Mato Grosso: 123,00 - 127,00

·     Marabá (PA): 121,00

·     Rio Grande do Sul (oeste): 4,90 (kg)

·     Paraná (noroeste): 139,00

·     Tocantins (norte): 121,00

Fonte: Scot Consultoria

Previsão do tempo

Sul

Uma frente fria se forma na região Sul e mantém as instabilidades em todos os estados. Tem previsão de chuva, com acumulados elevados e potencial para transtornos, principalmente do centro-leste do Rio Grande do Sul até o sudoeste do Paraná. Há risco para granizo e trovoadas.

As temperaturas não variam muito ao longo do dia, justamente por causa da nebulosidade.

Sudeste

As temperaturas ficam um pouco mais elevadas no amanhecer e também durante a tarde, por causa da mudança na direção dos ventos. O dia terá sol entre nuvens e pouca chance para chover na maior parte do Sudeste. Apenas no norte do Espírito Santo e extremo nordeste mineiro é que ainda tem previsão para pancadas de chuva, com baixos acumulados.

No litoral sul de São Paulo e municípios próximos ainda tem instabilidades e previsão para chuva fraca por causa de uma frente fria que se forma na região Sul do Brasil. Por enquanto, os volumes não são elevados nestas áreas.

Centro-Oeste

A frente fria que se forma no Sul do Brasil ajuda a organizar instabilidades no oeste do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso. Nestas áreas, a umidade aumenta e tem previsão para pancadas de chuva isoladas e com baixos volumes acumulados, principalmente na parte da tarde.

Nas demais áreas da região, o tempo segue firme, apenas com variação da nebulosidade. As temperaturas ficam mais elevadas que nos dias anteriores.

Nordeste

Uma massa de ar seco predomina no interior do Nordeste e garante o tempo firme. Apenas nas áreas litorâneas e regiões próximas é que ainda tem influência dos ventos úmidos do mar, o que ajuda a aumentar as nuvens carregadas ao longo do dia.

Há previsão para pancadas de chuva alternadas por períodos de tempo firme a qualquer momento. A sensação é de tempo abafado em todas as áreas.

Norte

O tempo segue firme no Tocantins e sudeste do Pará, por causa de uma massa de ar seco que impede a formação das nuvens carregadas. O sol aparece ao longo do dia e as temperaturas ficam bem elevadas. Nas demais áreas do Norte, as nuvens carregadas ganham força ao longo do dia e há previsão para pancadas de chuva a qualquer momento, alternadas por períodos de tempo firme.

 

Fonte:Canal Rural

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